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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

MS disponibiliza consulta pública sobre tratamento do câncer de colo de útero

pesquisa AxsimenO Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), disponibiliza uma consulta pública relativa a tratamento para câncer de colo de útero

Os interessados têm até o próximo dia 14 de novembro para enviar críticas e/ou sugestões. 

Bevacizumabe para o tratamento do câncer de colo de útero metastático, persistente ou recorrente – Consulta pública nº 34

Confira aqui o relatório técnico

Confira aqui o relatório para a sociedade

Para dar sua contribuição clique aqui

Texto: Comunicação Interna/ASCOM/GM/MS com informações da CONITEC

Mitos e Verdades sobre a psoríase

Ainda não é conhecida a causa que leva as pessoas a desenvolverem a psoríase, doença que se manifesta por lesões cutâneas, geralmente como placas avermelhadas, espessas, bem delimitadas, com descamação

Pode surgir em qualquer local do corpo, principalmente no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Existem várias formas dessa complicação, sendo a mais frequente a psoríase em placa, que ocorre em 80% a 90% dos pacientes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 3% da população mundial têm a doença, ou seja, mais de 125 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são mais de 5 milhões de homens e mulheres que vivem com o problema, podendo surgir em qualquer fase da vida, mas, geralmente, aparece antes dos 30 anos ou após os 50 anos.

Muitas dúvidas aparecem quando o assunto é a psoriase. Por isso, o Blog da Saúde entrevistou o presidente da sociedade brasileira de dermatologia, Gabriel Gontijo, para esclarecer mitos e verdades sobre o assunto.

Confira!

Blog da Saúde: A psoríase pode ser facilmente tratada com medicamentos caseiros?

Sociedade Brasileira de Dermatologia: Mito. A psoríase é uma doença inflamatória, crônica, com várias fases de manifestação dos seus sintomas e o tratamento pode ir desde medicamentos na pele até outros de uso oral, dependendo do grau de severidade da doença. Logo, não é recomendado medicamentos e preparações caseiros ou até a automedicação. A escolha do tratamento depende de vários fatores, além da gravidade da doença, idade e sexo do paciente, localização das lesões, entre outros, sendo necessário a análise de cada caso para essa decisão. Se há alguma desconfiança do problema, o ideal é que o tratamento venha orientado por um profissional de saúde.

Blog da Saúde: O sol faz bem para todos os tipos de psoríase?
Sociedade Brasileira de Dermatologia: Verdade. Faz bem para todos os tipos já que o contato com o sol ajuda a diminuir a inflamação que é causada pelo sistema imunológico. Só que é muito importante frisar que esse não é o único meio de tratamento da psoríase. O sol faz bem, diminui o número de placas e o tamanho delas, mas é coadjuvante no tratamento. Se já está em tratamento, a pessoa pode tomar banhos de sol de shorts, maiô ou biquíni, nas placas até às 10h da manhã ou depois das 16h. De 15 a 20 minutos por dia.

Outro fator que pode ajudar na diminuição das placas na pele e que é uma novidade é que quanto mais hidratada ela estiver, melhor são as chances da pessoa controlar a doença e de não ter uma recaída. Um segundo fator interessante é o entender o funcionamento do microbioma, que são aquelas bactérias que a gente chama do bem e que já estão no nosso organismo. A gente tem na nossa pele bactérias e fungos que formam uma parede de proteção sobre a pele. Quando há um desequilíbrio nessa proteção natural, com excesso de banho ou pele seca, banho quente, falta de hidratação, a parede vai diminuir a proteção que exerce. Se há esse desequilíbrio, há uma chance maior de você desenvolver a psoríase.

Blog da Saúde: Existem medicamentos que podem desencadear as placas causadas pela psoríase?
Sociedade Brasileira de Dermatologia: Verdade, mas é algo muito raro de acontecer. O mais comum, entre os fatores de risco para o aparecimento das placas é o consumo de álcool ou fumo. Pessoas com esses hábitos têm maior predisposição ao desenvolvimento da doença, sendo que a suspensão desses melhora muito o seu controle. Pessoas com obesidade, diabetes, hipertensão e que vivem em situação de estresse são mais vulneráveis a terem o desencadeamento das manchas por causa desses fatores. Manter hábitos de vida saudáveis é fundamental para o equilíbrio do corpo

Blog da Saúde: A psoríase sempre vem associada a dores e coceira?
Sociedade Brasileira de Dermatologia: Mito. Tem gente que psoríase no corpo todo e não tem dor. Quando há dor, pode ser nas articulações e aí a pessoa tem artrite. Em torno de 30% dos pacientes podem apresentar acometimento articular, sendo fundamental o reconhecimento precoce dessa manifestação para o início do tratamento adequado. Confira os tipos de psoríase existentes aqui.

Mas a dor na lesão não é um sinal importante para dizer se o paciente tem ou não a psoríase. O diagnóstico da doença é feito a partir de características clínicas, mas em alguns casos, pode ser necessária uma biopsia.

Blog da Saúde: A psoríase, apesar de não ser infecciosa, pode ser transmitida de pai pra filho?
Sociedade Brasileira de Dermatologia: Verdade. É importante esclarecer que não é transmissão infecciosa. O pai não vai passar psoríase se encostar no filho, ou vai abraçar a criança e ela vai pegar a psoríase. A doença é geneticamente transmissível. Aproximadamente, um terço dos pacientes apresentam parentes com psoríase, e filhos de pais com psoríase possuem maior chance de desenvolver a doença. Logo, existe uma predisposição genética para o seu desenvolvimento

Tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS)
Está disponível no SUS o atendimento integral e gratuito às pessoas que têm psoríase. A abordagem médica para ajudar pacientes a alcançarem períodos prolongados de remissão da doença, foi publicada em 2013 (Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas) e oferece, desde então, tratamentos com fototerapia e fototerapia com fotossensibilização, além de medicamentos. No entanto, a melhor forma de tratamento e administração de remédios deve ser feita com base em avaliação clínica, caso a caso, entre o médico e o paciente.

Gabi Kopko, para o Blog da Saúde

Dia Mundial do Diabetes lembra importância de prevenir a doença silenciosa

O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, trata da conscientização sobre essa doença que, frequentemente, no princípio, é silenciosa


Para marcar essa data, o CHN (Complexo Hospitalar de Niterói) chama a atenção para a importância da informação no processo de prevenção e diagnóstico precoce do diabetes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), havia 14,3 milhões de pessoas vivendo com a doença no Brasil em 2015, o que representava 9,4% da população, e metade dos pacientes ainda não havia recebido o diagnóstico da patologia. Por isso, é possível que conhecidos próximos ou até mesmo você tenha diabetes.

Para entender o diabetes
De acordo com o Dr. Walmick Menezes, clínico do CHN e mestre em clínica médica pela UFRJ, apesar de haver muita informação sobre o assunto, ainda há pouca conscientização da população geral sobre essa disfunção grave e suas formas de prevenção, já que a maior parte dos casos está diretamente ligada a fatores comportamentais associados com predisposição genética.

O diabetes é uma doença crônica que se caracteriza por hiperglicemia (glicose elevada no sangue), causada pela resistência à ação da insulina e o comprometimento de sua produção. Esse hormônio produzido pelo pâncreas controla os níveis de glicose no sangue. Podem ocorrer lesões nos vasos sanguíneos, nervos e diversos órgãos.

A doença pode ser dividida em dois principais tipos: o diabetes tipo 1 é aquele no qual o sistema imunológico ataca, de forma equivocada, as células betapancreáticas e há deficiência completa da produção de insulina. O resultado é que a glicose permanece no sangue, enquanto deveria ser captada pelas células. Esse tipo surge geralmente antes dos 20 anos, mas também pode ser diagnosticado posteriormente. O diabetes tipo 2 é o que acomete cerca de 90% das pessoas com a doença. Ocorre quando o organismo não consegue usar, de maneira adequada, a insulina que produz e quando há o comprometimento da secreção de insulina para controlar a glicemia. Em sua maior parte, o diabetes tipo 2 se manifesta em adultos e, dependendo da gravidade, pode ser controlado com atividade física, dieta e uso de medicamentos. A prevalência do diabetes tem aumentado dramaticamente em todo o mundo em razão da obesidade, do sedentarismo e do envelhecimento global.

A prevenção
Por se tratar de uma doença silenciosa, o que quer dizer que, sem que sejam feitos exames, a pessoa pode não descobrir que tem a doença, a atenção ao modo de vida pode ajudar na prevenção. Estes são os fatores de risco: sobrepeso e obesidade; sedentarismo; idade acima de 45 anos; histórico familiar de diabetes; intolerância à glicose; hipertensão arterial; dislipidemia e síndrome do ovário policístico. É importante fazer exames de sangue (glicose e hemoglobina glicada) a cada três anos se você tem mais de 45 anos ou antes, se houver algum dos fatores de risco citados anteriormente.

Alimentação equilibrada, controle do peso e prática de exercícios físicos regulares podem auxiliar muito na prevenção do diabetes. Há também medicações que podem ser utilizadas preventivamente, sob orientação médica.

Foto: Reprodução

Livia Zampirole
Assessoria de Imprensa
livia@saudeempauta.com.br

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Inscrições abertas para o VIII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil

Estão abertas até o próximo dia 7 de novembro as inscrições gratuitas para o VIII Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil. O evento será no auditório Antônio Carlos Magalhães do Interlegis - Senado Federal, no próximo dia 8 de novembro, das 9h às 14h


A oitava edição do Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil terá como tema central “Estratégias para acesso a medicamentos essenciais”, entendendo a necessidade de propiciar um espaço para o conhecimento, a reflexão e o debate sobre o tema, objetivando o aprimoramento de políticas econômicas e sociais que auxiliem no alcance das Metas estabelecidas na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e garantam a consolidação das conquistas dos últimos anos e o avanço da assistência farmacêutica necessária e efetiva.

Serviço
Inscrição: 7/11/2016 por meio de formulário eletrônico

Público-alvo: Governos (Poder Legislativo, Executivo e Judiciário); Setor Privado (Indústrias e Comércio); Profissionais do Setor; Redes Virtuais;

Mídias Impressas; Instituições Nacionais e Internacionais; Centros de Pesquisa; Universidades e Terceiro Setor e demais interessados no tema Data: 8/11/2016

Local: auditório Antônio Carlos Magalhães do Interlegis - Senado Federal, em Brasília

Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável

Coordenação: Agência de Integração à Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Social do Brasil - ÍntegraBrasil

Parceiros: Congresso Nacional; Ministério da Saúde; Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD; Agência Íntegra Brasil e Interlegis

Dúvidas: (61) 3368-6044 / 3468-5696

Fonte:Comunicação Interna do Ministério da Saúde, com informações do Instituto Brasileiro de Ação Responsável

Fumo passivo está ligado a maior risco de AVC, segundo estudo

Quem vive com um fumante também é prejudicado por cigarro. Um a cada quatro não-fumantes nos EUA é exposto ao fumo passivo

O aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC) provocado pelo cigarro pode se estender também aos não-fumantes que vivem na mesma casa que fumantes e apenas respiram a fumaça do cigarro alheio, diz um estudo americano.

Pesquisadores descobriram que pessoas que nunca fumaram e tiveram AVC tinham quase 50% mais probabilidade de ter se exposto à fumaça de cigarro em casa do que pessoas que nunca tiveram AVC.

Durante o estudo, sobreviventes de AVC expostos ao fumo passivo também tiveram mais risco de morrer por qualquer causa em comparação àqueles que não eram fumantes passivos.

"O fumo passivo é um risco para todas as pessoas, mas aqueles com um histórico de AVC devem tomar cuidado adicional para evitá-lo", disse a principal autora do estudo, Michelle Lin, da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, em Baltimore.


Um em cada quatro não-fumantes nos Estados Unidos são expostos ao fumo passivo, de acordo com os Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC). "Enquanto o risco de o fumo provocar AVC é conhecido há muito tempo, pouco se sabe sobre a relação entre o fumo passivo e o AVC", disse Lin.

Para explorar essa questão, a equipe do estudo avaliou informações de quase 28 mil pessoas que nunca fumaram e que participaram das Pesquisas Anuais Nacionais de Saúde e Nutrição. 

Os participantes foram recrutados entre 1988 e 1994 e depois entre 1999 e 2012. O estudo foi publicado na revista médica "Stroke".

De acordo com a pesquisadora Angela Malek, que estuda os riscos do fumo passivo na Universidade Médica da Carolina do Sul, nenhum nível de exposição à fumaça de cigarro é seguro. Além do AVC, adultos expostos ao fumo passivo também têm maior risco de doenças cardiovasculres e câncer de pulmão, enquanto as crianças podem ter asma e infecções.

"Limitar ou evitar áreas onde pessoas estão fumando é recomendado tanto para crianças quanto para adultos", disse Malek.

G1

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A cada três segundos, um idoso é diagnosticado com algum tipo de demência no mundo

idoso01As demências crescem não só no país como no mundo. Simpósio em Brasília discutiu importância de se vencer o preconceito com relação às doenças

O Brasil vai duplicar o número de idosos até 2030, quando a previsão é que 18% da população estejam acima de 60 anos. Esse grupo vai ultrapassar o percentual da população de 0 a 14 anos, que corresponderá a 17% da população e sempre foi maior no país.

Com o avanço da longevidade, o país tem muitos desafios pela frente, um deles, a demência. Doença não letal, a demência provoca a perda da independência do individuo, compromete a memória e a capacidade de tomar decisões, a orientação no tempo e espaço, provoca alteração do comportamento e do raciocínio. O tema foi assunto do I Simpósio ABRAZ-DF sobre demências, organizado em Brasília, nesta sexta-feira (21/10).

No mundo, um caso de demência é diagnosticado a cada 3 segundos. “As demências tornaram-se uma epidemia mundial. É preciso um despertar urgente para esse problema”, alerta o geriatra Otávio Castello, da Associação Brasileira de Alzheimer do DF. Para o geriatra, o assunto deve ser abordado, pois a demência é uma doença que precisa ser desmitificada.

Hoje, 54% dos idosos com demências têm Alzheimer, 9% possuem demências vasculares e 14% demências mistas, segundo a demógrafa Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os casos de Alzheimer são crescentes ano após ano. Se em 2010, 1 milhão de idosos no Brasil tinham Alzheimer, em 2020 serão 1,6 milhão.

No Sistema Único de Saúde (SUS), somente o Alzheimer, gerou 38,13 milhões de atendimentos ambulatoriais no ano de 2015. Para tratar esses pacientes, o Ministério da Saúde disponibiliza, sob recomendação médica, a rivastigmina, a donepezila e a galantamina.

Além do tratamento com remédios, o SUS oferece a Caderneta do Idoso, que está implantada em mais de 500 municípios e dimensiona e orienta a população idosa nos territórios; o Programa de Qualificação em Saúde da Pessoa Idosa da Unasus (Universidade Aberta do SUS) que já formou mais de 2 mil profissionais no tema e o Melhor em casa, programa que realiza atendimento domiciliar, cujos atendimentos por equipe multiprofissional correspondem a 70% de idosos.

“Os dados demonstram que precisamos lidar com um novo paradigma na saúde, ou seja, focando no cuidado continuado”, avalia a coordenadora de saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Cristina Hoffmann.

Os fatores de risco para as demências também foram tratados no simpósio em Brasília. Entre eles, estão a obesidade, uso de álcool, falta de atividade física e a depressão. Para prevenir doenças, entre elas as demências, o Ministério da Saúde tem trabalhado com programas de incentivo a atividade física, como o Academia da Saúde, que tem 1.165 polos em todos os estados brasileiros, e o incentivo a alimentação saudável, com a divulgação de guias alimentares e a redução do sódio nos alimentos. 

Carolina Valadares, para o blog da Saúde

SP: Com crise, internações no SUS crescem e atingem maior número em 6 anos

Com 472.588 internações de pacientes contabilizadas entre janeiro e agosto, os hospitais públicos da cidade de São Paulo registraram neste ano a maior quantidade de atendimentos no período desde 2011

Alan Marques/Folhapress

É o que aponta levantamento feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados preliminares do SIH/SUS (Sistemas de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde), do Ministério da Saúde.

O número representa 13.554 internações a mais do que as realizadas no mesmo período de 2015. O total abrange os atendimentos a pacientes feitos pelos hospitais das redes estadual e municipal de saúde e também os de entidades privadas que atendem a população gratuitamente por convênios com o poder público.

O levantamento não especifica o diagnóstico de cada paciente internado: abrange desde casos complexos, como o de pacientes com câncer, por exemplo, até situações menos graves, como quadros de diarreia, segundo explica o presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), Eder Gatti.

Na avaliação da Secretaria Estadual da Saúde, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), o aumento das internações tem relação com a alta do desemprego, que provocou a diminuição da quantidade de pessoas com planos de saúde particulares.

Secretaria Estadual de Saúde
Segundo a secretaria, que cita dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), nos últimos três anos, 540 mil paulistas deixaram seus planos de saúde.



Rede municipal puxou aumento
Conforme as informações do Ministério da Saúde, foi a rede municipal quem puxou a alta do número de internações neste ano, com 10.544 casos a mais do que os registrados no mesmo período de 2015. Ao todo, a quantidade de atendimentos saltou de 175.640 para 186.584 em um ano.

Nos hospitais estaduais localizados na capital, a alta foi menos expressiva --2.610 internações no período.

Ao todo, os hospitais do SUS localizados na capital registraram neste ano um aumento de 2,95% na quantidade de internações. Apesar de pouco expressivo em relação ao universo de pessoas atendidas por essas unidades, esse porcentual é superior ao registrado, no mesmo comparativo, de um ano para outro, de 2011 para cá. No restante dos anos, o percentual mais alto havia sido registrado entre 2011 e 2012: 1,60%.

Especialistas veem aumento com preocupação
Na avaliação da economista e pesquisadora na área da saúde pública Maria Cristina Amorim, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), o aumento do número de internações é "expressivo" e requer uma análise cuidadosa.

"Não resta dúvida que o aumento do desemprego é uma variável importante, mas uma alta de 13 mil pacientes pode ser explicada também por outros fatores, como a diminuição da fila de exames, e encaminhamento desses pacientes para tratamento, algo que tem sido atacado pelas redes públicas de saúde nos últimos anos", diz a especialista.

Ela afirma que vê com preocupação a possibilidade de os repasses da União na área da saúde serem impactos caso a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, em trâmite no Congresso Nacional, seja aprovada.

A proposta estipula o congelamento dos gastos públicos na esfera federal por 20 anos com o intuito, segundo os seus defensores, de contornar a crise econômica. Na opinião dela, a regra de limitar o Orçamento da União ao valor do ano anterior acrescido da inflação do período resultará na diminuição dos recursos destinados ao SUS.

"Não se pode fazer uma projeção com demanda constante para o SUS, por um prazo tão longo, supondo-se que os preços de todos os insumos em saúde serão constantes e que a característica epidemiológica da população também não vá mudar", diz Maria Cristina. "Estou estupefata com a discussão que se está tendo em relação a essa PEC."

Para o presidente do Simesp, Eder Gatti, o texto atual da PEC 241, caso entre em vigor, diminuirá os repasses do governo federal para o SUS, o que, em sua avaliação, prejudicará o atendimento oferecido à população.

"O SUS precisa de muito mais dinheiro. A esperança de salvar o sistema era o governo federal fazer um aporte maior do que o atual. Então, a tendência é a população demandar mais e mais o sistema, por causa da crise e do envelhecimento da população, durante um longo período com o orçamento congelado."

O que dizem as secretarias
A Secretaria Municipal da Saúde, da gestão Fernando Haddad (PT), disse por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa que "em três anos, entre 2012 e 2015, houve a ampliação de 426 leitos operacionais nos 18 hospitais municipais, passando de 2.739 para 3.165 leitos. Além da abertura do Hospital Vila Santa Catarina, no Jabaquara, que possui 271 leitos".

De acordo com o órgão, a gestão dos leitos também passou por melhorias, dada a implantação "um sistema de sinalização visual para a identificação da complexidade assistencial relacionado ao tempo de permanência do paciente na unidade". A pasta informou também que "contratou mais de 700 médicos para atuar nos hospitais".

Já a Secretaria Estadual da Saúde disse que "a crise econômica está levando mais gente para a rede pública de saúde em São Paulo, provocando o aumento da produção SUS no Estado".

Segundo a secretaria, "com o aumento do desemprego, muitas famílias estão perdendo seus planos privados de saúde e recorrendo a hospitais e ambulatórios do SUS (Sistema Único de Saúde). Nos últimos três anos, mais de 540 mil paulistas deixaram seus planos de saúde, conforme dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)."

De acordo com informações tabuladas pela pasta, nos últimos anos, além das internações, o número de atendimentos e procedimentos ambulatoriais, de cirurgias e de consultas de urgência e emergência também cresceu ao longo dos últimos anos no Estado.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Testes em hambúrgueres do Habib's apontam presença de bactérias fecais

Outro problema encontrado no teste realizado pela Proteste e por Procons foi a presença de carne suína e de frango no hambúrguer da Giraffa's

Habib’s no Rio de Janeiro apresentou falhas de higiene na manipulação e fabricação
Divulgação
Habib’s no Rio de Janeiro apresentou falhas de higiene na manipulação e fabricação

A Proteste Associação de Consumidores e os Procons do Rio de Janeiro e de Santa Catarina se uniram para realizar um teste nos hambúrgueres de fast foods a fim de observar se havia problemas de higiene (com a presença de bactérias) e de uso de carnes diferentes em 12 estabelecimentos das regiões. Segundo foi revelado nesta segunda-feira (24), apenas um apresentou problemas na parte de microbiologia e, em outro caso, foi encontrada a presença de carne de frango e porco no hambúrguer de vaca.

De acordo com o teste, apenas um estabelecimento do Habib’s no Rio de Janeiro apresentou falhas de higiene na manipulação e fabricação, já que o hambúrguer da rede de fast food tinha uma quantidade 100 vezes maior que o limite permitido por lei dos microrganismos chamados “coliformes termotolerantes”.

Isso significa que é necessária a melhoria na higienização dos equipamentos, utensílios e mãos dos manipuladores dos alimentos, já que estes são os veículos mais frequentemente relacionados com as contaminações. O Brasil Econômico tentou contato via e-mail com a assessoria do Habib’s, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.

Carnes diferentes
Outro problema constatado pelas instituições foi a presença de espécies de animais diferentes daquela informada aos consumidores no cardápio do Giraffa’s do Rio de Janeiro. Segundo o teste, foram detectados DNA de carne suína e de frango, além da bovina nos hambúrgueres do local.

A grande questão sobre isso é que pode haver reações alérgicas dos consumidores, principalmente à carne de porco após o consumo do produto.

Em resposta à notificação do Procon, o Grupo Giraffas informou ao Brasil Econômico que está conduzindo uma apuração junto ao fornecedor do hambúrguer analisado para averiguar a presença de carne de frango, que está em desacordo com a receita aprovada pela rede. Já sobre a carne suína, a rede informou que “a formulação do hambúrguer de 56 g possui somente gordura suína para realce de sabor e maciez, o que é permitido pela NR 20 do Ministério da Agricultura”.

Para as análises foram coletadas 42 amostras de hambúrguer nas cozinhas de 12 estabelecimentos, que foram: MC Donald's, Bob's, Burguer King, Giraffa's, Habib's e Subway, todos no Rio de Janeiro e em Florianópolis.

A fim de realizar o teste, as carnes foram encaminhadas para laboratório, onde foram feitos os exames de identificação da espécie animal (DNA) – para avaliar qual tipo de carne continham: boi, cavalo, cachorro, gato, porco e frango; também para conferir se eram transgênicos, com presença de organismos geneticamente modificados (OGM); e, por fim, para medir a presença de antibióticos e verificar as condições microbiológicas.

Ademais, foram realizadas análises para detectar a presença de microrganismos: Estafilococos Coagulase positiva, Clostridium Sulfito redutor, Salmonella sp. e Bacillus Cereus. Nesses quesitos, todas as marcas passaram no teste, o que mostra que atendem à legislação brasileira, com boas práticas de manipulação, produção e armazenagem dos produtos.

Todos os produtos tiveram resultado negativo sobre a presença de OGM (organismo geneticamente modificados) nas amostras coletadas. Também não foram encontrados problemas em relação aos antibióticos em nenhum teste realizado.

Segundo a Proteste, “apesar dos bons resultados das análises, o hambúrguer é um produto cujo consumo deve ser moderado, pois contêm grandes quantidades de gorduras e sódio, que são prejudiciais ao sistema cardiovascular, aumentando o risco de hipertensão. Além disso, contribuem para o ganho de peso, podendo levar à obesidade, em caso de consumo elevado”.

Em relação aos problemas de higiene encontrados nos alimentos das redes de fast food nas duas regiões, foram pedidas providências à Vigilância Sanitária para mais fiscalização nos estabelecimentos e ao Ministério da Agricultura foi informada a presença de espécies diferentes da indicada na rotulagem para apurar se foi falha na produção ou um indicativo de fraude.

iG

Suspensos lenços umedecidos contaminados por bactéria

Dois lotes de lenços umedecidos comercializados pela Comfort Personal Cleasing apresentaram contaminação por microrganismos

Dois lotes do cosmético Comfort Personal Cleasing Fragrance Free Essential Bath foram suspensos pela Anvisa na última sexta-feira (21/10). Os lotes 47195 (validade 13/12/2016) e 48575 (validade 18/03/2017) apresentaram potencial contaminação pela bactéria Burkholderia cepacia.

A Anvisa suspendeu a distribuição, comercialização e uso dos dois lotes destacados, pelo risco de contaminação pelo complexo Burkholderia cepacia (CBc), bactérias associadas à disfunções pulmonares em pacientes com fibrose cística.

A resolução RE 2.845/16 tem por medida, também, que empresa importadora e comercializadora do produto, Politec Importação e Comércio Ltda, promova o recolhimento do estoque dos lotes em questão.

Liberado creme de alisamento
A Agência de Vigilância revogou, nesta sexta-feira (21/10), a resolução RE 2.613/16 que suspendia o Creme de Alisamento Amacihair.

A empresa Phitoteraphia Biofitogenia Laboratorial apresentou a documentação necessária que comprova a fórmula do produto para os registros da Anvisa, liberando, assim, o cosmético para uso capilar.

A resolução RE 2.848/16, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (21/10).

ANVISA

Outubro é o mês da conscientização da doença de Gaucher

alfataliglicerase materiaHoje, há quase 700 pacientes em tratamento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS), com todos os medicamentos disponíveis, porém estima-se um número maior de pessoas ainda sem diagnóstico e, por isso, sem tratamento

Desde 2014, o SUS oferece, gratuitamente, o biofármaco alfataliglicerase, produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).

Este medicamento é indicado para a terapia de reposição enzimática contínua em pacientes adultos portadores de doença de Gaucher Tipo I. O tratamento da alfataliglicerase é feito por infusão em centros de infusão espalhados pelo país. Com incidência estimada em 1 para 120 mil pessoas, o Brasil é o terceiro país com maior número de pacientes identificados, depois dos Estados Unidos e de Israel. É preciso chamar a atenção dos hematologistas, pediatras e demais profissionais da saúde para a doença e, com isso, reduzir a jornada do paciente em busca do diagnóstico, que pode levar décadas.

Seus sintomas são o atraso no crescimento, cansaço, sangramento no nariz, baço e fígado aumentados, dor nos ossos e manchas roxas na pele. Depois do diagnóstico e início do tratamento, o paciente desfruta de uma vida normal. Por ser uma enfermidade evolutiva, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado, menores serão as chances de complicações, como por exemplo, as doenças ósseas. O principal objetivo da campanha é a qualidade de vida dos pacientes.

A doença de Gaucher é caracterizada pela falta ou deficiência da atividade de uma enzima. Nas nossas células, a função da enzima é degradar e reciclar resíduos de gordura que se encontram dentro do lisossomo. Os lisossomos funcionam como as usinas de reciclagem das células. Todos os humanos têm no DNA a instrução para que essa enzima seja produzida. Mas um pequeno erro genético, conhecido como mutação, pode impedir a produção da enzima ou fazer com que ela seja produzida de forma diferente e, por consequência, com diminuição ou ausência de sua atividade.

Esta enfermidade é hereditária. Para alguém desenvolver a doença de Gaucher é necessário que tanto o pai quanto a mãe sejam portadores da mutação no DNA e a transmitam para a criança. Mesmo assim, pode ser que a criança também se torne apenas mais um portador da mutação. Nestes casos, em que a mãe e o pai são portadores da mutação, a possibilidade de algum filho (ou filha) desenvolver a doença de Gaucher é 25%.

Conheça os tipos da enfermidade
O Tipo 1 (forma não neuropática) corresponde a 95% dos casos e é a forma mais comum. Os sinais mais comuns são a barriga distendida, pelo aumento do baço e do fígado, fraqueza, palidez, dores ósseas, sangramentos e hematomas sem história de traumas nos locais. Também podem acontecer fraturas mais facilmente, pela fragilidade dos ossos. O hemograma pode mostrar anemia, redução de plaquetas e alterações de glóbulos brancos.

O Tipo 2 (forma neuropática aguda) é mais raro e grave. Afeta crianças com quatro a cinco meses de idade, compromete cérebro, baço, fígado e pulmão. Podem ocorrer convulsões, alterações na respiração e progressivo retardo mental. A doença evolui rapidamente, causando a morte geralmente até o segundo ano de vida.

Já o Tipo 3 (forma neuropática crônica), também raro, é mais brando que o tipo 2. O diagnóstico é feito na infância e adolescência e há comprometimento de cérebro, baço, fígado e ossos. A sobrevida se dá até a segunda ou terceira década de vida. Os sintomas aparecem até o fim da infância, e os pacientes com doença de Gaucher Tipo 3 podem viver até a idade adulta.

Conheça a fanpage do Muitos Somos Raros e também a página da doença no site de Bio-Manguinhos/Fiocruz.

Gabriella Ponte (Bio-Manguinhos/Fiocruz)

12 dúvidas básicas e importantes sobre HIV/aids #USECAMISINHA

1. O que é o HIV?
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids (síndrome da imunodeficiência adquirida), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.

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Foto: Rodrigo NUnes

2. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids?!
Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.

3. Como se pega o HIV?
O vírus HIV é transmitido por meio da relação sexual (vaginal, anal ou oral) desprotegida (sem camisinha) com pessoa soropositiva, ou seja, que já tem o vírus HIV, pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados e de mãe soropositiva (sem tratamento) para filho durante a gestação, parto ou amamentação.

4. Qual é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus HIV?
O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino no ato sexual seja ele anal, vagina ou oral. Saiba por que o preservativo é uma excelente estratégia contra o HIV/aids e as IST.

5. O posto de saúde disponibiliza camisinha masculina e feminina? Onde posso encontrar?
Os preservativos masculinos e femininos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também estão disponíveis para compra em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.

Saiba como usar o preservativo feminino:


6. O HIV tem cura?
Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa portadora do vírus tenha uma qualidade de vida.

7. Quais são os sintomas do HIV?
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido. Caso haja suspeitas de infecção pelo HIV, procure uma Unidade de Saúde mais próxima e realize o teste.

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Foto: Rodrigo Nunes
8. Onde fazer o exame para saber se tenho HIV/Aids?
Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são serviços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis e, nesses serviços, é possível realizar testes para HIV, sífilis e hepatites B e C gratuitamente, assim como nas Unidades Básicas de Saúde. AQUI você consegue achar o CTA mais próximo da sua casa.

9. Mesmo não havendo ejaculação na relação sexual, é possível transmitir ou contrair o vírus?
O líquido que é expelido antes da ejaculação pode ter um pouco de sêmen, por isso, o contato com o pênis, mesmo sem penetração, pode apresentar risco de transmissão do vírus, caso um dos dois seja portador do HIV.

10. É possível contrair o vírus com beijos?
Não se contrai HIV pelo beijo, porém, podem ser transmitidas doenças como gengivite, a herpes, a mononucleose e até o condiloma acuminado (HPV), caso a pessoa infectada apresente lesões na garganta ou na boca.

11. É possível, sendo menor de idade, realizar o teste para saber se tenho HIV sem a presença dos meus responsáveis?
O estímulo ao diagnóstico precoce da infecção pelo HIV é uma prioridade para o Ministério da Saúde. Desta forma, o acesso ao exame é um direito de todas as pessoas independentemente de sua idade.

O Ministério da Saúde recomenda que:
- quando se tratar de criança (0 a 12 anos incompletos), a testagem e entrega dos exames anti-HIV só deve ser realizada com a presença dos pais ou responsáveis;

- quando for adolescente (12 a 18 anos), após uma avaliação de suas condições de discernimento, fica restrito à sua vontade a realização do exame, assim como a participação do resultado a outras pessoas.

12. Tem como pegar HIV pela picada de um mosquito?
A transmissão do vírus HIV não é possível por mosquitos. Não há relato de que alguém foi contaminado e tenha desenvolvido aids em função de picadas de mosquitos.

Quer saber mais, acesse: Dúvidas frequentes HIV/AIDS

Gabi Kopko, para o Blog da Saúde

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Funcionários contam que reutilizam seringas em hospital do Rio

Reprodução
Faltam insumos e emergência do Albert Schweitzer chegou a parar. Reportagem da GloboNews esteve na última terça-feira na unidade

Emergência parada, demora em atendimentos e falta de insumos em um dos principais hospitais da Zona Oeste do Rio de Janeiro. É o que mostra reportagem da GloboNews sobre o Hospital Albert Schweitzer, gerido pelo Município desde que a crise financeira estadual se agravou. A reportagem esteve na terça-feira (18) no hospital.

Uma funcionária da unidade ouvida pela reportagem chegou a assumir que reutilizava seringas em pacientes por instrução da administração.

"Esse relato é uma coisa muito séria, né? Não se pode reaproveitar seringa porque você está colocando em risco a vida do paciente. Você corre o risco dele ter uma infecção e até uma infecção generalizada", criticou a técnica em enfermagem Joana Dark, ex-funcionária do hospital.

A profissional de saúde mostrou que recebeu a denúncia por mensagem de telefone. De acordo com o texto, "fraldas estão zeradas há três plantões, curativos [de pacientes] não eram trocados há quatro dias por falta de gase e esparadrapo micropore. Seringa, só de 3 ml e uma para ser usada no plantão inteiro". E ainda, instruíram a lavar a seringa para ser reutilizada.

Também no desabafo, o funcionário conta que a unidade de saúde está sem antibióticos e os Centros de Tratamento Intensivos do hospital estão "abandonados". No fim, o colaborador diz que foi para o trabalho chorando.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde disse que "não procede" a informação de que a emergência do hospital parou. Além disso, a pasta informou que "a emergência funciona por classificação de risco, que o paciente mais grave é atendido primeiro".

A secretaria também nega que haja falta de insumos ou medicamentos e que profissionais do CTI continuam trabalhando normalmente.

G1

Ministro pede pressa na implantação de prontuário eletrônico no SUS

Municípios que não aderirem à medida em todas unidades básicas de saúde terão recursos do Ministério da Saúde bloqueados a partir de 10 dezembro

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, pediu nesta quinta-feira (20) a colaboração de gestores municipais para a implantação do prontuário eletrônico em unidades básicas de saúde. Durante o 7º Fórum Nacional de Gestão da Atenção Básica, Barros voltou a afirmar que as prefeituras que não implementarem o chamado E-SUS ou que não justificarem a não implantação vão sofrer bloqueio de recursos. O prazo vence no dia 10 de dezembro.

“Não queremos interferir na autonomia dos municípios, mas precisamos saber o que está sendo feito com esse dinheiro”, disse, ao se referir aos repasses feitos pelo ministério às secretarias de Saúde. “Vamos poder ter uma visão global de tudo o que é feito na saúde dos brasileiros. Precisamos de vocês. Sem vocês, não alcançaremos essas informações”, completou Barros em discurso no encerramento do encontro.

De acordo com o ministro, é preciso aumentar o que ele chamou de “resolutividade” na atenção básica, sobretudo por meio da humanização do atendimento aos pacientes. “Isso significa conseguir fazer com que as pessoas sejam atendidas e se sintam bem atendidas”, disse. “É importante que procuremos avançar cada vez mais na humanização do atendimento, que é o que dá satisfação às pessoas”, acrescentou.

Nova plataforma
Uma nova versão do prontuário eletrônico foi lançada no início do mês pelo governo federal. O modelo permite que todos os serviços de saúde do município possam acompanhar o histórico, os dados e o resultado de exames dos pacientes. Também é possível verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos em farmácias e registrar visitas de agentes de saúde.

A expectativa do Ministério da Saúde é que a transmissão digital dos dados da rede municipal à base nacional possibilite também a verificação online dos gastos feitos via Sistema Único de Saúde. A plataforma digital será oferecida gratuitamente, mas o envio de dados também poderá ser feito por meio de sistema próprio. A expectativa do governo é economizar R$ 84 milhões por ano com tecnologias da informação.

Bloqueio de recursos
A partir de 10 de dezembro, o pagamento do Piso da Atenção Básica variável para as prefeituras – equivalente a R$ 10 bilhões ao ano – ficará condicionado à implantação do prontuário eletrônico. O recurso é aplicado no custeio de atendimentos de pediatria e de programas como Saúde da Família e Brasil Sorridente.

Os municípios que não se adequarem à proposta terão os repasses bloqueados. O ministério informou, entretanto, que vai apoiar cidades que apresentem dificuldades para implantar a nova versão da plataforma, conforme necessidades encaminhadas pelos gestores e que serão analisadas caso a caso.

iG

Cientistas da UFSCar desenvolvem biovidro que cura feridas de pele

Grupo da UFSCar desenvolveu malha de biovidro que ajuda em cicatrizações (Foto: Paulo Chiari/EPTV)
Grupo da UFSCar criou malha de biovidro que
ajuda em cicatrizações (Foto: Paulo Chiari/EPTV)
Novo material regenera a área lesionada e é reabsorvido pelo corpo. Produto foi testado em animais e ensaios em humanos começam em 2017

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um tipo de biovidro flexível capaz de regenerar tecidos e acelerar o processo de cura de feridas.

O material apresentou bons resultados em testes com animais e o próximo passo será a realização de ensaios em humanos, previstos para 2017. Os pesquisadores têm um convênio com o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e o projeto está em fase de análise.

"Curam feridas da pele, depois elas são reabsorvidas pelo corpo e são bactericidas, elas minimizam infecções e acabam com as bactérias", contou o professor Edgar Zanotto.

"É um material absolutamente inovador", continuou. "É o vidro que cura, é um biovidro, o vidro bioativo".

Desenvolvimento
O biovidro tem sido usado como opção para diversos tipos de enxerto, mas depois de seis anos de estudo os cientistas do Laboratório de Materiais Vítreos conseguiram desenvolver um material diferente, bem mais flexível, uma manta semelhante à gaze usada em curativos.

"Esses vidros bioativos são parecidos com o vidro de janela, feitos de sílica, cálcio e sódio, mas em concentrações diferentes, então é isso que muda o jeitinho que esse vidro reage dentro do corpo", explicou a pesquisadora Marina Trevelin Souza.

"A ideia é aplicar diretamente sobre a pele em cima das feridas porque esse material reabsorve em contato com o sangue e vai regenerando aquela ferida ou aquela queimadura", completou.

Ossos
Outra novidade do grupo é uma peça que pode ser usada como enxerto ósseo. "Nós podemos fazer enxertos com geometrias muito complexas e que encaixam perfeitamente no paciente", comentou o pesquisador Murilo Crovace.

Nova peça de vidro pode ser usada em enxertos ósseos (Foto: Paulo Chiari/EPTV)
Nova peça de vidro pode ser usada em enxertos ósseos (Foto: Paulo Chiari/EPTV)

Além do formato, o produto também se diferencia de outros tipos de enxerto, como os de cerâmica, pelo tempo que o corpo leva para a absorção. No caso dos biovidros, esse processo ocorre de forma muito mais rápida.

"São poucos meses, enquanto as cerâmicas levariam anos para serem completamente absorvidas", comparou Crovace.

G1

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Humor: O que você tá fazendo?

Curso Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa abre matrículas para o 2º módulo

idosoA Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (SE/UNA-SUS), e a Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde (Cosapi/Dapes/SAS/MS) lançaramm, ontem, terça-feira (18/10), o segundo módulo do curso Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa

Profissionais de saúde de nível fundamental, médio e técnico interessados na capacitação podem se matricular até o dia 21 de maio de 2017, pelo link. O curso possui carga horária de 30 horas, é online, gratuito e tem início imediato.

O objetivo do curso é atualizar Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e técnicos de enfermagem nas recomendações nacionais para a atenção à saúde da pessoa idosa, no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Para isso, são abordados diversos temas relacionados à atuação desses profissionais na atenção à saúde da população idosa, como por exemplo, o mapeamento dessa população, o trabalho em equipe, o acolhimento, o planejamento de cuidados e a promoção da saúde.

A qualificação tem ainda foco especial no uso da caderneta de saúde da pessoa idosa, instrumento de registro dos dados pessoais e sócio familiares, das condições de saúde e hábitos de vida da pessoa idosa. As informações permitem o acompanhamento longitudinal desse público, além de auxiliar na identificação de situações de fragilidade ou vulnerabilidade.

De acordo com a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa da Cosapi, Cristina Hoffmann, o módulo integra um conjunto de ações articuladas que têm por objetivo a ampliação, disseminação e difusão das peculiaridades que as pessoas idosas apresentam na instalação e desfecho dos problemas de saúde, que se traduzem pela maior vulnerabilidade a eventos adversos. “Essas especificidades apontam para a necessidade de intervenções articuladas entre todos os profissionais da equipe, com iniciativas de outras políticas setoriais e também com iniciativas da comunidade, propiciando a integralidade da atenção”, explica.

Em relação ao módulo I, o grande diferencial é o público-alvo e a metodologia utilizada. “Propõe-se a discussão de temas que fazem parte do dia a dia trabalho das equipes da atenção básica, apontando algumas situações que são vivenciadas no território, situações cotidianas que permitem a discussão de temas importantes quando se trabalha com a população idosa”, afirma Hoffmann.

Para a coordenadora, essas informações contribuirão para a identificação das pessoas idosas em situação de vulnerabilidade e para a discussão do papel dos diferentes membros da equipe nas intervenções necessárias.

“O grande desafio foi traduzir um conteúdo complexo para uma linguagem acessível, sem perder a reflexão sistemática sobre as práticas em saúde”, explica a enfermeira e roteirista do curso, Olga Rodrigues. Ela conta que foram utilizadas estratégias diferenciadas de aprendizagem, com enfoque prático, que incluiu recursos lúdicos, como história em quadrinhos e jogos, além de videoaulas de entrevistas com profissionais com grande experiência em boas práticas no atendimento à população idosa na Atenção Básica. Todos os vídeos contam com closed caption.

“A própria estrutura do curso propõe uma linguagem lúdica, pois é dividido em fases, como num jogo de tabuleiro. Ao acessar cada fase, o estudante acompanha uma história em quadrinhos, com situação-problema, encontra possíveis soluções na videoaula e testa os conhecimentos por meio das avaliações formativas”, conta Olga. Para concluir as atividades do curso, é necessário passar por todas as nove fases.

Serviço
2º Módulo do Curso Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa (EAD)

Matrículas: de 18 de outubro de 2016 a 21 de maio de 2017, pelo link.

Acesse a página do módulo I e II do curso.

Blog da Saúde

Alerta 2003 (Tecnovigilância) – Fresenius – Bolsa para coleta de sangue – Complicações suspeitas de estarem associadas ao procedimento de transfusão

Área: GGMON

Número: 2003

Ano: 2016

Resumo: Alerta 2003 (Tecnovigilância) – Fresenius – Bolsa para coleta de sangue – Complicações suspeitas de estarem associadas ao procedimento de transfusão

Identificação do produto ou caso: Nome comercial: BOLSA PARA COLETA DE SANGUE CPDA-1 /// Nome técnico: BOLSA DE SANGUE /// Número de registro ANVISA: 10154450085 /// Classe de risco: III - Alto Risco /// Modelo: Bolsa Tripla com Plastificantes DEHP e TOTM - Composampler /// Números de série afetados: 71KA18AA00.

Problema: A empresa recebeu um relato de um Banco de Sangue sobre algumas complicações médicas relacionadas ao procedimento de transfusão com um paciente.

Ação: Ação de Campo Código RA 03-2016 desencadeada sob responsabilidade da empresa FRESENIUS HEMOCARE BRASIL LTDA. Empresa está realizando recolhimento do produto.

Histórico: Notificação feita pela empresa em atendimento à RDC 23/2012 (que dispõe sobre a obrigatoriedade de execução e notificação de ação de campo por parte do detentor do registro do produto para a saúde) Empresa detentora do registro: FRESENIUS HEMOCARE BRASIL LTDA. – CNPJ 49.601.107/0001-84 - RUA ROQUE GONZALES 128 – ITAPECERICA DA SERRA /SP – Telefone: 11 25041481 – E-mail: cintia.garcia@fresenius-kabi.com Fabricante: FRESENIUS HEMOCARE BRASIL LTDA. – CNPJ 49.601.107/0001-84 - RUA ROQUE GONZALES 128 – ITAPECERICA DA SERRA /SP – Telefone: 11 25041481 – E-mail: cintia.garcia@fresenius-kabi.com

Recomendações: O produto deve ser segregado e devolvido à FRESENIUS HEMOCARE BRASIL LTDA

Caso queira notificar queixas técnicas e eventos adversos utilize os canais abaixo:
Notivisa: Notificações de eventos adversos (EA) e queixas técnicas (QT) para produtos sujeitos à Vigilância Sanitária devem ser feitos por meio do Sistema NOTIVISA. Para acessar o Sistema, é preciso se cadastrar e selecionar a opção Profissional de Saúde, se for um profissional liberal ou a opção Instituição/Entidade, se for um profissional de uma instituição/entidade.

Sistema de Tecnovigilância: Paciente ou cidadão pode notificar por meio do Sistema de Tecnovigilância/SISTEC acesso por meio do link

Anexos


Informações Complementares: Embora não haja nenhuma indicação neste momento, que o produto está de alguma forma associada com o relato acima, a Fresenius HemoCare, decidiu, como medida preventiva, recolher este lote de produto.

ANVISA

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Senado abre consulta pública sobre embalagens padronizadas de tabaco

cigarroO Portal do Senado está com consulta pública aberta para que a população possa opinar sobre o Projeto de Lei do Senado nº 769, de 2015, do ex-Senador, e atual Chanceler José Serra, que padroniza as embalagens de tabaco no país. Os interessados têm que se cadastrar, confirmar através do e-mail, e votar. Somente uma votação será válida

Segundo informações do e-cidadania, os Senadores são constantemente informados sobre os resultados das Consultas Públicas.

O projeto permanece em Consulta Pública enquanto estiver no Senado com base na Resolução nº 26, DE 2013, que estabeleceu mecanismo de participação popular na tramitação das proposições legislativas no Senado Federal.

Caso o PLS se torne lei, o Brasil se unirá a Austrália, Irlanda, Uruguai, França e Reino Unido, países que padronizaram as embalagens de tabaco.


Blog da Saúde

Inscrições abertas para Hackathon em Saúde realizado pela Fiocruz

Estão abertas até o próximo dia 23 de outubro as inscrições para Hackathon em Saúde da Fiocruz

hackathon

Podem se inscrever equipes de programadores, desenvolvedores, designers e demais interessados em criação de sistemas e interfaces. O evento será nos dias 26 e 27 de novembro no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Manguinhos, Rio de Janeiro. O objetivo do evento é promover o desenvolvimento de aplicativos e inovações tecnológicas para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Clique aqui para conferir o regulamento

O Hackathon em Saúde terá cinco desafios, divididos nas modalidades apps e games. Cada um aborda um tema diferente relacionado à ciência, tecnologia e saúde, ligados diretamente a áreas de atuação da Fiocruz. Na modalidade app, os temas são Rede Global de Bancos de Leite Humano, Monitoramento e Controle de Vetores e Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL).

Na modalidade jogos, os temas são Acesso Aberto ao Conhecimento e Circuito Saudável.Os prêmios para a equipe vencedora do Hackathon em Saúde incluem apoio para participação na próxima Campus Party, em 2017, em São Paulo; um curso de desenvolvimento ágil de softwares por meio da plataforma Scrum Half; curso presencial e à distância em Data Science e Big Data Analytics; e, mentoria técnica sobre o IBM Bluemix e negócios, com especialistas da IBM, que é uma das parceiras do evento.

Clique aqui para acessar o portal do evento

HACKATHON-EM-SAUDE


Texto: Fiocruz

Edição: Comunicação Interna/ASCOM/GM/MS

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

OMS pede ação global para reduzir o consumo de bebidas açucaradas e seus impactos na saúde

11.10 sugarydrinks - siteTributar bebidas açucaradas pode baixar seu consumo e reduzir a obesidade, diabetes tipo 2 e cáries dentárias, afirma um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS)

As políticas fiscais que levam a um aumento de pelo menos 20% no preço de venda desses produtos resultaria em reduções proporcionais do consumo, de acordo com o “Fiscal policies for Diet and Prevention of Noncommunicable Diseases (NCDs)”, disponível em inglês.

A diminuição do consumo de bebidas açucaradas significa uma menor ingestão de “açucares livres” e calorias no geral, uma melhor nutrição e menos pessoas sofrendo com sobrepeso, obesidade, diabetes e cárie dentária.

Os açucares livres se referem aos monossacarídeos (como glicose ou frutose) e dissacarídeos (como sacarose ou açúcar de mesa) adicionados aos alimentos e bebidas pelo fabricante, cozinheiro ou consumidor – e açucares naturalmente presentes no mel, xaropes, sucos de frutas e suco de frutas concentrados.

Obesidade em ascensão
“O consumo de açucares livres, incluindo produtos como bebidas açucaradas, é um fator importante para o aumento global do número de pessoas que sofrem de obesidade e diabetes”, disse Douglas Bettcher, Diretor do Departamento de Prevenção às Doenças Crônicas Não Transmissíveis da OMS. “Se os governos tributam produtos como bebidas açucaradas, podem reduzir o sofrimento e salvar vidas. Podem também diminuir os custos e aumentar as receitas para investir em serviços de saúde.”

Em 2014, mais de um em cada três (39%) adultos em todo o mundo, com 18 anos ou mais, estava acima do peso. A prevalência mundial da obesidade mais do que dobrou entre 1980 e 2014, com 11% de homens e 15% de mulheres (mais que meio bilhão de adultos) sendo classificados como obesos.

Além disso, estima-se que 42 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade estavam acima do peso ou obesas em 2015, um aumento de cerca de 11 milhões durante os últimos 15 anos. Quase metade (48%) dessas crianças vive na Ásia e 25% na África.

O número de pessoas que vivem com diabetes também tem aumentado – de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014. A doença foi diretamente responsável por 1,5 milhão de mortes apenas em 2012.

Necessidade de reduzir ingestão de açúcar
“Nutricionalmente, as pessoas não precisam de qualquer tipo de açúcar em suas dietas. A OMS recomenda às pessoas que consomem esses produtos a manter a ingestão abaixo de 10% de suas necessidades totais de energia e reduzi-la para menos de 5% para benefícios adicionais à saúde. Isso é equivalente a menos de uma porção (pelo menos 250 ml) de bebidas açucaradas comumente consumidas por dia”, afirmou Francesco Branca, Diretor do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS.

De acordo com o novo relatório da OMS, pesquisas alimentares nacionais indicam que bebidas e alimentos ricos em açucares livres podem ser uma grande fonte de calorias desnecessárias na dieta das pessoas, particularmente no caso de crianças, adolescentes e jovens adultos. O documento também aponta que alguns grupos, incluindo pessoas que vivem com baixo rendimento, jovens e aqueles que consomem com frequência alimentos e bebidas pouco saudáveis são mais responsivos às mudanças nos preços dos produtos e, por isso, podem obter os maiores benefícios na saúde.

Políticas fiscais para reduzir o consumo
As políticas fiscais devem focar em alimentos e bebidas para os quais existem alternativas mais saudáveis disponíveis, acrescenta o relatório.

O documento apresenta os resultados de uma reunião em meados de 2015 com especialistas mundiais convocados pela OMS e uma investigação de 11 revisões sistemáticas recentes sobre a eficácia das intervenções de política fiscal para melhorar as dietas e prevenir doenças crônicas não transmissíveis, além de uma reunião técnica de especialistas internacionais. Entre os achados, também estão:

• Subsídios para frutas frescas e vegetais que reduzem os preços entre 10 e 30% podem aumentar o consumo desses alimentos.

• A tributação de certos alimentos e bebidas, particularmente aqueles ricos em gorduras saturadas, gordura trans, açucares livres e/ou sal se mostra promissora, com evidências claras indicando que os aumentos nos preços de tais produtos reduz seu consumo.

• Impostos especiais de consumo, tais como aqueles usados sobre os produtos derivados do tabaco, que aplicam um montante específico de imposto sobre uma determinada quantidade ou volume do produto, ou ingrediente em particular, podem ser mais eficazes que a venda ou outros impostos baseados em uma porcentagem do preço de varejo.

• O apoio público para tais aumentos de impostos poderia ser estimulado se as receitas geradas fossem destinadas aos esforços para melhorar os sistemas de saúde, encorajar dietas mais saudáveis e aumentar a atividade física.

Alguns países têm tomado medidas fiscais para proteger as pessoas de produtos não saudáveis. Entre eles estão o México, que tem implementado um imposto sobre bebidas não alcoólicas com adição de açúcar, e a Hungria, que impôs um imposto sobre os produtos com altos níveis de açucares, sal e cafeína.

Países como as Filipinas, África do Sul, Reino Unido e Irlanda do Norte também anunciaram a intenção de implementar impostos sobre bebidas açucaradas.

Notas aos editores
Como parte de medidas de políticas abrangentes para melhoria da saúde, a OMS convocou os governos a usar medidas fiscais em seus “Global Action Plan on the Prevention and Control of NCDs 2013–2020” e “Comprehensive Implementation Plan on Maternal, Infant and Young Child Nutrition” e, mais recentemente, em uma comissão para acabar com a obesidade infantil.

Em 2012, 38 milhões de pessoas perderam suas vidas em decorrência de doenças crônicas não transmissíveis, 16 milhões (ou 42%) morreram prematuramente (antes dos 70 anos) por condições em grande parte evitáveis. Mais de 80% das pessoas que morrem prematuramente por essas enfermidades estavam em países em desenvolvimento. Os governos se comprometeram a reduzir as mortes por doenças crônicas não transmissíveis e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável inclui uma meta para reduzir em um terço as mortes prematuras provocadas por diabetes, câncer, coração e pulmão até 2030.

Na Segunda Conferência Nacional sobre Nutrição em 2014, os governos se comprometeram também a reformular seus sistemas alimentares e esse é o principal objetivo da Década de Ação sobre Nutrição 2016-2025 das Nações Unidas.

Fonte: OPAS/OMS

Mulheres são as que mais sofrem com o intestino preso

Dificuldade de evacuar e/ou sensação de que o intestino não está funcionando normalmente pode ser um alerta para problemas no órgão


Existe uma quantidade de vezes considerada “normal” para ir ao banheiro? Essa é a dúvida de grande parte das mulheres, já que são elas as que mais sofrem com dificuldade para evacuar regularmente.

“Cada um tem seu ritmo "normal". Não existe a obrigação de evacuar todos os dias. Têm pessoas que vão ao banheiro a cada dois dias e se sentem bem, e há quem num único dia vá duas ou três vezes”, explica a gastroenterologista do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro (RJ), Joene Pantoja. Segundo ela, no geral, estar com o intestino preso depende de fatores específicos, mas pode ser definido como ter menos de três evacuações por semana ou evacuar com esforço, com fezes ressecadas, em cíbalos (bolinhas).

Outros sinais podem estar ligados à constipação intestinal. Algumas pessoas não sentem vontade de evacuar, outras têm muita dificuldade, embora tenham vontade de ir ao banheiro.

Não só mulheres podem apresentar o problema. Há tipos diferentes de constipação intestinal que podem ser consequência de complicações como hipotireoidismo, problemas neurológicos, imobilidade, doenças inflamatórias, fissuras dolorosas no reto e até mesmo o uso de medicamentos, principalmente antidepressivos. “O mais importante é Identificar quais são os fatores que estão impedindo o intestino de funcionar normalmente. Se é o uso de algum medicamento, se foi uma alteração na dieta, alguma coisa que você comeu, alterações hormonais”, reforça Joene.

Por isso, a partir do momento que a dificuldade de evacuar e os fatores que podem estar relacionados ao problema forem notados, é importante consultar um médico para dar continuidade à investigação e, assim, buscar a solução do problema.

“A constipação funcional, que é aquela que não está ligada a uma doença, depende muito também da dieta adotada. Uma dieta pobre em fibras, como por exemplo, sem verduras, legumes, alimentos integrais, pode agravar a dificuldade de evacuar”, alerta Joene Pantoja.

No geral, a constipação intestinal pode ser tratada com medidas comportamentais e orientações alimentares. “É fundamental reservar tempo para as necessidades fisiológicas e não segurar ou prender quando a vontade de ir ao banheiro vier”, explica ainda a médica.

Observar como está a alimentação e incluir no prato alimentos ricos em fibras pode ser fundamental para a melhora do quadro. Algumas pessoas têm já o intestino lento, precisam usar laxativos, mas esses medicamentos não devem ser utilizados sem orientação médica.

Na busca por amenizar o incomodo do intestino preso, algumas pessoas vão se deparar com anúncios de produtos industrializados ou naturais. “O Kefir, como outros probióticos, é composto de lactobacilos, como outros, por exemplo. Existem também iogurtes que prometem mudanças na flora intestinal, porém são apenas coadjuvantes na solução do problema”, alerta.

Sem saber qual é a real causa da constipação no seu intestino, mesmo que momentaneamente esses produtos ajudem a melhorar, você não estará, de fato, tratando o problema. A melhor orientação é aquela feita por um profissional de saúde, um especialista, baseada no seu relato pessoal.

De qualquer forma, a alimentação é fundamental para o bom funcionamento intestinal.

Conheça algumas dicas importantes que contribuirão para regular o ritmo do seu intestino:

Beba água, suco, chás, água de coco e líquidos durante o dia, pelo menos dois litros.

Coma mais alimentos ricos em fibras para o bem do seu organismo e saúde.

Segue alguns exemplos: 
Frutas: laranja, manga, melancia, abacaxi, mamão e tangerina

Verduras e Legumes: brócolis, cenoura, couve, pepino com casca, inhame e chuchu

Cereais: arroz integral, milho cozido e cereais em flocos

Mastigue bem os alimentos e evite fazer refeições apressadamente.

Faça exercícios físicos, ainda que leves, diariamente. A atividade física, além de oferecer inúmeros benefícios para a sua saúde, também ajuda a estimular o funcionamento do seu intestino.

Gabi Kopko, para o Blog da Saúde

OMS diz que epidemia de tuberculose é mais grave do que se esperava

Foram 10,5 milhões de casos no último ano, segundo organização. Seis países são os mais afetados; Índia e África do Sul estão entre eles

  Imagem de microscopia eletrônica  mostra a bactéria Mycobacterium tuberculosis, que provocam tuberculose  (Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID))
Imagem de microscopia eletrônica mostra a bactéria que provoca a tuberculose (Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID))

A epidemia de tuberculose é mais grave do que se pensava até agora, com 10,4 milhões de contaminados em 2015, enquanto as pesquisas para encontrar uma vacina ou outros tratamentos "carece de fundos suficientes", segundo o relatório anual da OMS, publicado nesta quinta-feira (13).

A cifra supera amplamente a do relatório anterior, que foi de 9,6 milhões de infectados em todo o mundo.

"A luta para alcançar nossos objetivos mundiais no combate à tuberculose é cada vez mais difícil", afirmou a diretora da organização, Margaret Chan.

"Teremos que aumentar substancialmente nossos esforços sob o risco de ver países continuamente castigados por esta epidemia mortal e não alcançar nossos objetivos", ressaltou.

A meta é reduzir o número absoluto de mortes por tuberculose em 35% e de contágios em 20% até 2020 com relação aos números de 2015.

O objetivo para 2030 é diminuir em 90% a quantidade de mortos por tuberculose e em 80% os infectados.

Segundo o informe da OMS, 1,8 milhão de pessoas morreram vítimas desta doença em 2015 - 300.000 a mais do que no ano anterior.

A tuberculose é provocada por uma bactéria, o bacilo de Koch, que na maioria dos casos se aloja nos pulmões, destruindo o órgão gradativamente.

Dois em cada cinco infectados não foram diagnosticados, e por isso podem espalhar a doença, transmitida por via aérea.

Além disso, meio milhão de pessoas têm formas de tuberculose resistentes aos antibióticos, segundo o informe.

Para a ONG Médicos sem Fronteiras, este relatório "é um chamado de atenção para mudar o status quo na forma de diagnosticar e tratar a tuberculose e suas formas resistentes".

Índia subestimada
As cifras sobre as dimensões da epidemia foram revistas para cima essencialmente porque os pesquisadores se deram conta de que as estimativas da Índia, entre 2000 e 2015, eram muito baixas.

Seis países representam 60% dos novos casos: Índia, Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul.

Habitualmente vinculada à pobreza e a condições insalubres, a tuberculose continua sendo uma das principais doenças mortais do mundo, embora em um período de 15 anos, o número de mortes tenha caído 22%.

No entanto, para alcançar os objetivos estabelecidos pela comunidade internacional, as infecções teriam que diminuir entre 4% e 5% por ano, três vezes mais rápido do que diminuem atualmente.

Falta de recursos
A escassez de recursos também é um problema crônico no combate à doença.

Entre 2005 e 2014, os fundos disponíveis alcançaram apenas 700 milhões de dólares por ano. São necessários US$ 2 bilhões para a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos antituberculosos, segundo o informe.

É necessário "incrementar o investimento agora ou simplesmente não conseguiremos erradicar uma das doenças mais antigas e mais mortais do mundo", disse Ariel Pablos-Mendez, um dos encarregados da agência americana para o desenvolvimento internacional, a USAID.

G1