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sábado, 21 de setembro de 2013

Médicos defendem uso diário e obrigatório de protetores para evitar possíveis cânceres de pele

A geografia privilegiada do Brasil, próxima aos trópicos, significa também um risco maior à saúde da população
 
O Brasil soma mais de 9 mil quilômetros de litoral, pelos quais se espalham cerca de 2 mil praias. Dos 365 dias no ano, 280 deles são ensolarados.
 
Os números, de fato, confirmam que o país tem posição privilegiada, apreciada por aqueles que amam o sol e o mar. Mas a proximidade dos trópicos também apresenta perigos. Somos tão abençoados geograficamente quanto vulneráveis aos riscos da radiação solar.
 
Na prática, aqui, registram-se índices de radiação ultravioleta no inverno mais altos do que aqueles aferidos durante o verão em outros continentes, como a Europa. Isso quer dizer que, no Brasil, o prazer é garantido para curtir a praia, mas o cuidado com a pele é uma obrigação.

O tema foi destaque do 68º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, sediado em Brasília na última semana.
 
Dermatologistas, pesquisadores e farmacêuticos se reuniram para mostrar estudos que convencessem a população de que a exposição ao sol exige muita precaução. Os especialistas ainda apresentaram as novidades em fotoproteção e falaram das formas de se prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de pele.

“A fotoproteção é um conjunto de atitudes”, alerta o médico Marcus Maia, coordenador do Programa de Combate do Câncer de pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Ele quer dizer que é preciso mudar de hábitos.
 
Isso inclui passar mais tempo na sombra, mas, se a exposição for inevitável, fuja dos horários de maior insolação, entre as 9h e as 15h. Além disso, use roupas adequadas, chapéu, boné, óculos escuros e, claro, aplique protetor solar. “É uma proteção eficiente que pode ser usada em qualquer época do ano.”

Até aí, a cartilha é a mesma repetida todos os anos. O que se apregoa cada vez mais, porém, é que se escolha produtos com fator de proteção solar mais alto, que pode chegar a 100. “Se as pessoas passassem a quantidade adequada de protetor, um produto de fator de proteção 30 seria suficiente, mas um pequeno erro de aplicação reduz muito o tempo de proteção do indivíduo.”

Pesquisador em fotoproteção e coordenador do Departamento de Fotobiologia da SBD, o dermatologista Sérgio Schalka explica que os estudos mais recentes apontam que, na hora de aplicar o protetor solar, as pessoas usam só um terço do recomendado.
 
O problema é que a quantidade reduzida diminui a eficácia da proteção e um filtro com FSP 20 passaria a ter, na verdade, a ação de um de 7. “O ideal seria usar de um terço a um quarto de um frasco de protetor de 120ml a cada aplicação, mas sabemos que isso é demais na prática.”

Assim, a compensação do prejuízo seria usar um filtro de FSP mais alto. Isso porque os filtros de maior proteção, de fato, diminuem os riscos. Funciona assim: um filtro de fator 100 barra 99% da radiação solar, enquanto um de 50, filtraria 98%.
 
Parece pouco, mas na verdade a proteção é dobrada quando se escolhe o de FSP maior. “Essa pequena dose de radiação que passa e fica acumulada vai virar uma conta muito alta para se pagar no futuro, já que os efeitos do sol são cumulativos”, afirma.

Segundo Nilo Cobeiros, cientista da Johnson & Johnson, que lançou durante o Congresso o Minesol Actif Unify — FSP 80, muita gente tem resistência a usar produto com fator de proteção maior porque, em geral, esse produto tem mais óleo na composição.
 
O resultado é que se torna mais espesso e de aplicação menos agradável. “Por isso, enfrentamos o desafio de criar um produto de alta proteção e cosmeticidade mais leve”, acrescenta o cientista.
 
Os efeitos nocivos
Pesquisa da Johnson & Johnson aponta que as brasileiras se expõem ao sol, todos os dias, um pouco mais que uma hora, independentemente de irem ou não à praia.
 
O maior problema é que a geografia brasileira, próxima dos trópicos, apresenta um nível de radiação UV muito alto durante o ano inteiro. “A radiação ultravioleta aqui chega a 14, o que não ocorre nos EUA e na Europa, por exemplo”, afirma Marcelo Corrêa, especialista em meteorologia física e coordenador da Universidade Federal de Itajubá (MG).

Ele ainda alerta que, no verão, dependendo da localidade e do horário, com apenas duas horas e meia no sol, a pessoa recebe uma quantidade de radiação 52 vezes maior do que a dose diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Em dias de céu claro, inclusive, banhos de sol antes das 10h, que é o recomendado pelos médicos, podem ter seis vezes radiação do que o indicado pela OMS.”

E são justamente os raios ultravioletas que provocam mutações nas células, que, a longo prazo, podem se transformar em câncer. No Brasil, os números preocupam. O país é o que apresenta o recorde de crescimento de casos de câncer de pele.
 
Marcus Maia, coordenador do Programa de Combate do Câncer de Pele da SBD, conta que são estimados 140 mil novos casos todos os anos. O melanona, a manifestação mais grave da doença, corresponde a 6 mil casos e pode levar a 1,2 mil mortes anualmente.

Mortes que poderiam ser evitadas com prevenção e diagnóstico precoce. Como não dá para evitar o sol completamente e, tampouco, existem planos de adiar as férias na praia, a dica é se prevenir.
 
A mesma pesquisa da J&J aponta que apenas 31% da consumidoras usam protetor solar diariamente.
 
A proteção é essencial, especialmente para o grupo considerado de risco, como os de pele e olhos claros; pessoas que não se bronzeiam, só ficam com a pele vermelha; quem já teve queimaduras ou câncer de pele.
 
Quem tem muitas pintas pelo corpo, identificou uma ferida que não cicatriza ou pinta com bordas irregulares deve procurar um dermatologista. Esses podem ser os primeiros sinais do câncer de pele.

A confirmação do diagnóstico de câncer, em geral, é pela biópsia comum. Porém, aparelhos cada vez mais modernos ajudam a detectar a doença mais cedo. Um deles acaba de chegar a Brasília — é o segundo do Brasil — e foi apresentado no evento.
 
O exame de microscopia confocal reflectante permite aumentar em até 400 vezes o tamanho da lesão suspeita. Em 68% dos casos, evita anestesia, cortes e cicatrizes desnecessárias se a lesão for benigna.
 
“A técnica é uma espécie de biópsia virtual e permite analisar a epiderme e a derme superior, camadas mais superficiais da pele, onde estão localizadas as alterações da maioria dos cânceres de pele e de muitas doenças dermatológicas”, explica o dermatologista Leonardo Spagnol Abraham, um dos responsáveis por trazer o aparelho para a capital. “Mas é um exame de confirmação e não de rastreamento da doença.”

Com a ajuda de um laser de baixa potência, é possível identificar com mais precisão uma célula mutada, indicativo de câncer. No entanto, todos os médicos são unânimes em reforçar que o câncer de pele é o único que você pode impedir que aconteça. Basta se cuidar.

Saúde Plena

Pesquisadores de Israel transformam células adultas capazes de dar origem a qualquer tecido corporal

Idosa com Alzheimer
O avanço pode turbinar, por exemplo, tratamentos contra mal degenerativos, como o Alzheimer
 
Os resultados de uma pesquisa desenvolvida em Israel prometem acelerar os já efervescentes estudos focados na reprogramação celular. Cientistas do Weizmann Institute of Science conseguiram transformar uma célula adulta em célula pluripotente — que dá origem a qualquer tecido corporal — com quase 100% de sucesso.
 
O trabalho, publicado na edição de hoje da revista Nature, vem no encalço das investigações que renderam ao britânico John B. Gurdon e ao médico japonês Shinya Yamanaka o Prêmio Nobel de Medicina do ano passado.
 
A dupla é responsável pela descoberta do processo de conversão das estruturas celulares, mas, até então, os experimentos tinham nível de eficiência de no máximo 2%.

Para especialistas, os resultados descritos pelos pesquisadores de Israel são a prova de que a identidade celular é maleável e que pode ser reestruturada para gerar, por exemplo, uma célula com valor terapêutico.
 
O conhecimento sobre como as decisões de desenvolvimento das células são tomadas e revogadas pode iluminar, inclusive, a compreensão da biologia do câncer, quando as células já maduras abandonam as suas funções para desempenhar outras prejudiciais ao organismo.
 
Lidia Guillo, professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), ressalta que os resultados vão permitir que, no futuro, células adultas sejam retiradas do próprio organismo de um paciente. “Elas poderão ser reprogramadas para embrionárias e usadas em terapias. Com isso, não haverá risco de rejeição e essas estruturas pluripotentes poderão tratar doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer e o Parkinson”, acredita.

A resposta para a proeza dos cientistas israelenses está na proteína Mbd3, que impede a indução eficiente da pluripotência. “Começamos a trabalhar nesse projeto há dois anos e meio. Durante esse tempo, identificamos que o Mbd3 impede que células adultas sejam reprogramadas para o estágio embrionário. A partir da inibição da proteína, podemos ter mais controle sobre as células”, disse ao Correio o pesquisador-líder do estudo, Jacob Hanna. Esse papel de impedir a reprogramação natural é o que garante o crescimento e o amadurecimento dos seres vivos.

No estudo, foram utilizadas células humanas e de ratos. Inicialmente, Hanna e a equipe liderada por ele fizeram uma triagem dos fatores que poderiam aumentar dramaticamente o sucesso da reprogramação em camundongos. Rapidamente, identificaram o Mbd3 como uma proteína com a capacidade contrária: a de barrar o processo. A partir disso, concluíram que, ao inibi-la por um processo chamado RNA de interferência, haveria um aumento expressivo nas chances de sucesso da reprogramação.

“O pulo do gato foi estudar o estágio intermediário da reprogramação, quando as células ainda não se tornaram pluripotentes. É nesse momento em que o Mbd3 surge e governa, decidindo se a célula vai se diferenciar ou não. A equipe de Hanna fez com que essa célula não fosse expressa, o que permitiu a ativação dos outros genes”, descreve Guillo.

Disputa interna
Kyle Loh, pesquisador do Departamento de Biologia da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), compara a reprogramação a um “purgatório”, em que as células sofrem influências positivas e negativas. Essas duas forças duelam pelo sucesso ou pelo fracasso da indução da pluripotência. “Os genes ativos nas células pluripotentes estão latentes nas células diferenciadas, isto é, naquelas já adultas. Para induzir a pluripotência, os pesquisadores utilizaram esses fatores de reprogramação que têm como função reanimar a expressão desses genes dormentes”, descreve.

A introdução de quatro fatores de reprogramação, os OSMK (Oct4, Sox2,Klf4 e Myc ), é, portanto, a força positiva, sendo ela teoricamente suficiente para estimular a reprogramação das células-tronco. Os quatro componentes foram descritos por Kazutoshi Takahashi e Shinya Yamanaka pela primeira vez em 2006, na revista especializada Cell.
 
Apesar dos esforços de os OSMK em reanimar os genes adormecidos, existe a influência negativa do Mbd3, que “sabota” o processo de pluripotência, impedindo que a célula volte ao estágio embrionário. Hanna descobriu que, por incrível que pareça, são os próprios OSMK que recrutam o repressor. Essa proteína, inadvertidamente, suprime os genes que deveriam ser reativados para que a célula se torne pluripotente.

“É difícil racionalizar por que os fatores de reprogramação recrutam Mbd3 para dificultar o próprio sucesso. Essa pode ser uma relíquia molecular de células-tronco, na qual os fatores de pluripotência interagem com o Mbd3 para silenciar os genes das células embrionárias a fim de preconfigurar o desenvolvimento das células maduras, já que esse é o processo natural: nascer, se tornar madura e não voltar ao estágio inicial”, especula Loh, que não participou do estudo.

A reprogramação, muitas vezes, produz células pré-pluripotentes. Elas são uma cópia imperfeita das células embrionárias, estão presas em um estado de pausa que as impede de prosseguir rumo aos eventos finais da reprogramação. É nesse momento intermediário, quando os fatores de reprogramação são introduzidos, que o Mbd3 deve ser silenciado.
 
Ao ser combinado a condições ideais de crescimento, esse processo permitiu que células da pele, do sangue e do cérebro de ratos pudessem ser reprogramadas com uma eficiência acima de 90%.

No entanto, Loh adverte que a exclusão permanente do Mbd3 poderia impedir a futura diferenciação das células reprogramadas. Ou seja, fazer com que elas nunca alcancem a maturidade após a conversão em pluripotentes.
 
Dessa forma, não poderiam ser usadas para substituir neurônios ou células da pele, por exemplo. Por isso, o pesquisador reforça a necessidade das técnicas que inativam transitoriamente essa proteína durante a reprogramação.

Mais autonomia
Para a professora Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), os resultados darão mais autonomia aos pesquisadores de células-tronco. “Esse é um estudo que tenta entender a versatilidade que uma célula adulta pode ter.
 
A pesquisa nos mostra que não é tão raro e difícil assim realizar uma reprogramação bem-sucedida. Quem sabe com isso a gente não consiga domar melhor as células adultas e não apenas as embrionárias”, cogita.

Hanna também comemora os resultados atingidos. Segundo ele, a pesquisa é um grande avanço no sentido de tornar mais seguras as células pluripotentes sem modificações genéticas de alta eficiência. Além disso, os mecanismos moleculares descritos conduzem a uma derivação normal e não aberrante da reprogramação.
 
“Essa é a primeira vez que uma conversão determinista e sincronizada é mostrada, na qual a célula doadora e a descendência dela conseguem se tornar pluripotentes com alta taxa de sucesso. O próximo passo é desenvolver inibidores químicos de Mbd3 e compreender a estrutura e a atividade bioquímica dessa proteína”, antecipa o autor do estudo.
 
Saúde Plena

Idosos sul-africanos usam preservativos para combater artrite

Na África do Sul, onde uma a cada dez pessoas está infectada pelo HIV, os preservativos são fáceis de conseguir. Especialistas afirmaram que não há provas científicas de que eles ajudam a aliviar a dor
 
As pessoas idosas da África do Sul preferem utilizar preservativos em vez de pílulas para aliviar as dores provocadas pela artrite, já que acreditam que o lubrificante presente no látex é mais benéfico, informou um jornal nesta sexta-feira.

Os idosos esfregam os preservativos em suas articulações e afirmam sentir um alívio imediato, indicou o jornal Sowetan.

"Este óleo é o número um", declarou Elizabeth Moyo ao jornal depois de demonstrar como utiliza os preservativos. "Estou cansada das pílulas", afirma.

Na África do Sul, onde uma em cada dez pessoas está infectada pelo HIV, os preservativos são muito fáceis de conseguir, em muitos casos gratuitamente.

Especialistas médicos afirmaram que não há provas científicas de que os preservativos ajudam a aliviar a dor e declararam estar preocupados porque não são utilizados para a finalidade para a qual foram concebidos, informou o jornal.

A artrite, comum nas pessoas mais velhas, provoca dor e inchaço nas articulações.

AFP

Para ONU, epidemia da Aids acabará em 2030

Número de novas infecções anuais pelo vírus caiu 20% na última
década em nível global
O barateamento do tratamento, o acesso ampliado aos remédios e o início das intervenções médicas cada vez mais cedo estão entre as razões que levam a ONUAids a vislumbrar o fim da epidemia
 
Em vez de uma disseminação descontrolada do vírus da Aids, o registro de “um caso aqui e outro ali” de infecção pelo HIV. O cenário será realidade no mundo em 17 anos, estima a Organização das Nações Unidas.
 
“Podemos chegar ao fim da epidemia porque temos tratamento e forma de controlar as infecções. (...) Estamos avançando, não há dúvidas. Eu penso que 2030 é uma meta viável para dizer que chegaremos ao fim da epidemia”, disse Luis Loures, diretor-executivo-adjunto da ONUAids.

O barateamento do tratamento, o acesso ampliado aos remédios e o início das intervenções médicas cada vez mais cedo estão entre as razões que levam a ONUAids a vislumbrar o fim da epidemia.
 
Há 20 anos, tratar um paciente soropositivo custava em média US$ 17 mil. Hoje, o valor caiu para US$ 150 anuais. A introdução dos genéricos explica boa parte da queda do preço.

De acordo com a ONUAids, em 24 meses, o número de pessoas com acesso ao tratamento vital para o HIV aumentou 60%.

Já o número de novas infecções anuais pelo vírus caiu 20% na última década em nível global. Levando em consideração os 25 países que mais sofrem com a doença – 13 deles da África subsaariana –, a taxa é de 50%.
 
No fim de 2011, 34 milhões de pessoas viviam com o HIV no mundo, sendo que a maioria delas (69%) era da África Subsaariana. Lá, um em cada 20 adultos (4,9%) tem Aids. Essa região é seguida pelo Caribe, pelo Leste Europeu e pela Ásia Central, onde 1% dos adultos vive com o HIV.

“O desafio agora são os grupos mais vulneráveis”, disse Loures. Homossexuais masculinos, trabalhadores sexuais e consumidores de drogas fazem parte do grupo, segundo o diretor-executivo- adjunto da ONUAids, devido ao acesso dificultado ao tratamentos por medo de serem discriminados e criminalizados.
 
“Se não conseguirmos controlar a epidemia nesses grupos, a Aids continuará conosco.” Todos os anos são registrados no mundo 3 milhões de infecções pelo HIV. A Aids mata 1,7 milhão de pessoas anualmente.

Correio Braziliense

Tratamento experimental do nanismo recupera crescimento ósseo de cobaias

Os camundongos portadores do nanismo receberam, durante três semanas, duas injeções por semana do tratamento
 
Paris - Um tratamento experimental promissor permitiu restabelecer um crescimento ósseo normal em camundongos afetados pela forma mais frequente de nanismo e evitar complicações associadas à doença, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (18/9).

"O tratamento evitou, sobretudo, as complicações mais severas (do nanismo, como problemas respiratórios, paralisia, etc) e reduziu a mortalidade", destacou Elvire Gouze, do Inserm (Centro Mediterrâneo de Medicina Molecular, em Nice, sul da França), principal autora do trabalho, publicado na revista americana Science Translational Medicine.

Os camundongos portadores do nanismo receberam, durante três semanas, duas injeções por semana do tratamento, desenvolvido a partir de um fator de crescimento. Os animais cresceram normalmente e alcançaram o tamanho de um adulto normal. Cerca de oito meses depois da suspensão da terapia, nenhum sinal de toxicidade foi detectada.

Além disso, os cientistas constataram que o aumento do tamanho da bacia permitiu às fêmeas tratadas ter um número de filhotes comparável ao de ratos sem a doença.

Contudo, preveniu a cientista, "será preciso ainda de três a cinco anos de trabalhos complementares com outros animais (primatas) para melhor compreender a toxicidade do princípio ativo antes de considerar um primeiro teste com humanos".

O tratamento experimental, que não é voltado para os adultos mas apenas aos mais jovens, é administrado por injeção subcutânea.

A vantagem frente a outros tratamentos em estudo é que a durabilidade no organismo é longa o suficiente para não demandar aplicações diárias, observou. A forma mais comum de nanismo, a acondroplasia, afeta um a cada 15.000 bebês.

Esta doença genética rara se caracteriza por um desenvolvimento ósseo anormal dos ossos longos dos braços e das pernas, assim como de outros ossos do crânio. Na idade adulta, a altura dos indivíduos afetados é de 1,35 metro, em média.

Nos casos mais severos, deformações no crânio e nas vértebras podem levar a complicações neurológicas e/ou ortopédicas (escoliose) que necessitam de cirurgia, por exemplo para aumentar o canal vertebral para evitar a compressão da medula espinhal.

Os cientistas usaram o princípio ativo - os receptores FGFR3 humanos solúveis funcionais - como artifício para restabelecer o equilíbrio necessário entre a ativação e a inibição do crescimento ósseo.

Na origem desta patologia está uma mutação do gene FGFR3 (fator de crescimento do fibroblasto receptor 3). A proteína originária deste gene é um receptor conhecido por seu papel na regulação do crescimento ósseo. Nessa forma de nanismo, a perturbação desse tipo de sistema chave-fechadura impede o crescimento dos ossos.

"É uma etapa, avançamos pouco a pouco, (mas) isto nos dá esperança", comentou Patrick Petit-Jean, "62 anos, 1,40 metro", vice-presidente da Associação de Pessoas de Pequeno Porte (APPT, na sigla em francês), ele mesmo portador da acondroplasia. Por isso, "não é um milagre", acrescentou placidamente este defensor da diversidade, enquanto aguarda desenvolvimentos futuros.

O hormônio do crescimento neste tipo de nanismo não funciona, explicou Gouze. E, afirmou, o tratamento experimental não altera a hereditariedade, ou seja, a possibilidade de transmitir esta deficiência genética.

Correio Braziliense

Proteínas que controlam a visão teriam papel para desencadear mal de Alzheimer

Proteínas que controlam a visão teriam papel para desencadear mal de Alzheimer Ricardo Wolffenbüttel/Agencia RBS
Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Agencia RBS
Alzheimer é a forma mais comum de demência em idosos
Pesquisa realizada nos Estados Unidos pode contribuir para entender o mecanismo da doença
 
As proteínas que controlam o desenvolvimento da visão depois do nascimento desempenham um papel importante no mal de Alzheimer, uma doença cerebral incurável, segundo uma pesquisa realizada em ratos divulgada nesta quinta-feira nos Estados Unidos.
 
— A medicina está começando a estudar a ação destas proteínas no cérebro. É claro que devemos fazer mais pesquisas, mas essas proteínas também podem ser nossos objetivos para os tratamentos do Alzheimer — afirmou Carla Shatz, professora de Biologia e Neurobiologia da Universidade de Stanford na Califórnia (oeste), principal autor do estudo.
 
Em seu trabalho, os cientistas descobriram que estas proteínas, chamadas LilrB2, presentes nos humanos e também nos roedores, podem se juntar a fragmentos de proteínas beta-amiloides, cujo acúmulo no cérebro é uma das principais características do mal de Alzheimer. As beta-amiloides sufocam as sinapses que permitem aos neurônios se comunicar.
 
No estudo com ratos, suprimir a produção das proteínas LilrB2 no cérebro, ao agir sobre um gene, impede este fenômeno e reduz a perda de memória.
 
Sem as proteínas LilrB2, as sinapses no cérebro dos ratos resistem aos efeitos adversos das beta-amiloides. Outros experimentos mostraram que a amálgama entre as proteínas LilrB2 e as beta-amiloides poderia desencadear uma reação em cadeia que poderia levar à ruptura das sinapses.
 
— Esta descoberta é uma contribuição muito útil para entendermos o mecanismo do mal de Alzheimer, um transtorno complexo que se manifesta pelo acúmulo anormal de proteínas no cérebro, inflamação e variedade de mudanças celulares. Nossa compreensão da função destas proteínas envolvidas nesta doença e de como interagem entre si poderia algum dia levar a tratamentos efetivos para atrasar, tratar ou prevenir esta doença — disse Neil Buckholtz, do Instituto Nacional sobre o Envelhecimento (NIA, na sigla em inglês).
 
A maioria dos tratamentos testados clinicamente buscam eliminar as placas de beta-amiloides. E até agora, sem muito sucesso. Muitos pesquisadores acreditam que o processo da doença começa muito antes do aparecimento das placas. A pesquisa demonstrou que, inclusive diante da ausência de placas, as beta-amiloides danificam as células cerebrais e as delicadas conexões entre elas.
 
O mal de Alzheimer, que afeta 36 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria (90%) maior de 65 anos, é a forma mais comum de demência em idosos.
 
AFP/Zero Hora

Conheça os benefícios do abacaxi

Época do abacaxi começa em setembro
Nutricionista dá dicas de diferentes formas de consumir a fruta
 
Para manter um cardápio saboroso, saudável e com poucas calorias, é importante estar sempre atento às frutas, legumes e verduras próprias de cada estação. Na primavera, por exemplo, além de terem um melhor preço são mais nutritivas.
 
A partir de setembro inicia a época do abacaxi, uma fruta tropical rica em fibras e vitaminas, como a vitamina A, vitamina B1 e vitamina C. A nutricionista e professora do Senac Passo D'Areia Danielle Fraga sugere que a fruta seja consumida em sua forma natural.
 
— O abacaxi é um ótimo acompanhamento de saladas e pratos quentes, como a carne suína. Uma outra opção é cortá-lo em pequenos cubos e congelá-lo. Assim, é possível usá-lo para fazer um delicioso suco de abacaxi com hortelã, que é muito digestivo, leve e saudável — afirma a nutricionista.
 
Para quem já está de olho no verão e quer iniciar uma dieta, a nutricionista recomenda usar a fruta como sobremesa e reduzir o consumo de doces.
 
— Uma opção saudável e saborosa é polvilhar um pouco e canela em pó no abacaxi e aquecê-lo levemente no micro-ondas — indica.
 
Zero Hora

Exercícios físicos podem ser aliados no combate à depressão

Exercícios físicos podem ser aliados no combate à depressão Reprodução/Reprodução
Foto: Reprodução / Reprodução
Exercício físico atua como antidepressivo
Especialista explica que o exercício age no cérebro da mesma forma que os antidepressivos
 
A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Entre as principais características estão a perda de peso, o sentimento de culpa, a hipocondria, a queixa frequente de dores e, eventualmente, a psicose. Esses sintomas são mais acentuados nos idosos do que nos jovens, o que pode contribuir para uma diminuição do condicionamento cardiorrespiratório.
 
De acordo com a personal trainer e mestre em fisiologia Carla Britto, em um estudo longitudinal realizado com idosos evidenciou-se que a depressão está relacionada com baixos níveis de condicionamento físico. Isso poderia indicar, portanto, que o distúrbio seria uma das causas da diminuição do estado geral de aptidão física.
 
— A afirmação de que a prática de exercícios físicos é capaz de atenuar os sintomas da depressão ainda não está bem clara, mas é provável que seja uma explicação multifatorial — completa Carla.
 
A especialista explica que o exercício age no cérebro da mesma forma que os antidepressivos. A hipótese para explicar essa relação é o aumento das monoaminas, neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.
 
— Durante os exercícios aeróbios, os níveis de prolactina estão elevados, refletindo um aumento central da serotonina. Dessa forma, a serotonina pode atenuar a formação de memórias relacionadas ao medo e diminuir as respostas a eventos ameaçadores relacionados aos sintomas da depressão.
 
Outra droga também associada ao exercício físico é a síntese de dopamina que está ligada com o desempenho motor, a motivação locomotora e a modulação emocional — afirma a personal trainer.
 
As atividades físicas mais indicadas para a depressão são os exercícios aeróbios, que ativam de 60% a 80% da frequência cardíaca máxima do indivíduo, segundo a pesquisa Meyer & Boocks, de 2000.
 
A recomendação, segundo Carla, é que o paciente pratique de três a cinco vezes por semana, em sessões de 45 a 60 minutos. As atividades longas e menos intensas são preferíveis, pois interrompem com maior eficácia os pensamentos negativos.
 
O exercício físico, portanto, pode ser um aliado no combate aos problemas gerados pela depressão, indo muito além de um simples ganho de massa muscular e emagrecimento.
 
Zero Hora

Entenda a importância da prática de atividades físicas na terceira idade

Entenda a importância da prática de atividades físicas na terceira idade Dmitriy Shironosov/Deposit Photos
Atividades físicas estão diretamente relacionada à qualidade
de vida na velhice
Além de contribuir na prevenção de doenças cardíacas, exercícios físicos também podem melhorar a capacidade motora dos idosos
 
A chegada da aposentadoria representa, para muitas pessoas, também a chegada de uma certa preguiça e de uma diminuição das atividades que exigem muito do corpo. No entanto, deixar de trabalhar não pode ser desculpa para dar cabo aos exercícios, é o que garante o educador físico Eduardo Danilo Schimtz, especializado em envelhecimento.
 
Segundo Schmitz, as atividades físicas estão diretamente relacionada à qualidade de vida na velhice, principalmente no que diz respeito a prevenção de doenças cardíacas, uma das maiores causas de mortes no mundo. E entre as principais razões para o desenvolvimento desse problema estão a má alimentação, estresse e sedentarismo, tidos como comportamentos típicos da sociedade contemporânea.
 
Além de atuarem na prevenção de problemas cardíacos, as atividades físicas contribuem para a melhoria da capacidade funcional dos idosos. Schimitz afirma que os exercícios ajudam os idosos a manter a capacidade de lidar com as tarefas do cotidiano como varrer a casa ou descer e subir escadas.
 
Depois de 30 anos dedicados à enfermagem e aposentada há dez, Araci Marlene Siqueira, 67 anos, trocou a lã e as agulhas por vôlei e musculação. A motivação foi um convite feito pelo filho para uma caminhada.
 
— Logo que deixei de trabalhar, queria só ficar em casa. Cuidava da minha neta e fazia crochê o dia inteiro. Depois até procurei cursos de artesanato. Até que eu percebi que estava acima do peso e meu filho me convidou para acompanhar ele nas caminhadas diárias — conta Araci.
 
A aposentada afirma que sua energia foi completamente renovada depois que começou a praticar atividades físicas regularmente.
 
— Quando eu me aposentei queria só ficar sentada ou deitada, mas agora eu garanto que é difícil me ver parada. Sempre que eu falto uma aula de ginástica, sinto uma falta enorme. Não sei mais ficar sem praticar uma atividade física — afirma.
 
O que fazer?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha 30 minutos de atividades físicas diariamente. São ideais pelo menos três tipos de exercícios: de força, como musculação; exercícios cardiorrespiratórios, como caminhada, bicicleta e natação; e exercícios de flexibilidade, como alongamento.
 
Para o educador físico, o ideal é combinar os três tipos e exercícios e levar em conta a preferência pessoal do idoso. Schmitz também recomenda que antes de iniciar qualquer prática física regular, o idoso procure um profissional para fazer uma avaliação específica.
 
— O exercício ideal para um idoso não é o melhor para outro, é importante levar uma série de questões em conta como alguma dificuldade física ou doença crônica. Por isso, cada caso deve ser avaliado por um profissional — finaliza.

Zero Hora

Praticar esportes requer cuidados com o joelho

Praticar esportes requer cuidados com o joelho Szekeres Szabolcs/Deposit Photos
Problemas no joelho são frequentes
Torções são as lesões mais frequentes
 
Os problemas de joelho são muito frequentes na prática esportiva e algumas lesões podem fazer com que o atleta, mesmo que amador, se afaste por muitos meses da sua atividade.
 
O ortopedista do Hospital Samaritano de São Paulo, Rogério Teixeira, explica que, basicamente, o joelho pode sofrer dois tipos de problemas no esporte: contusões — traumas diretos, em decorrência de pancadas, mais comuns nos esportes de contato; e torções — ocorrem de forma indireta, na maioria das vezes, quando o pé está fixo no chão e a perna roda, torcendo o joelho.
 
As contusões podem ocasionar problemas nos tendões (agudos) ou nos ossos do fêmur e da tíbia, sendo os mais comuns os edemas ósseos, que são inflamações da medular óssea (a parte mais interna do osso).
 
— Apesar das contusões também serem responsáveis por outras lesões, geralmente são mais fáceis e rápidas de tratar. Um bom analgésico somado a fisioterapia resolve o quadro de dor — afirma o especialista.
 
Já as torções podem causar lesões mais graves: lesão de menisco, lesão do ligamento cruzado anterior e lesão da cartilagem articular. Pode ainda ocorrer outras lesões, mais raras, como as lesões do ligamento cruzado posterior e as rupturas de tendão.
 
O especialista destaca que, com os avanços da medicina esportiva, os resultados dos tratamentos passam de 90% de chance de sucesso.
 
— O importante é fazer o diagnóstico correto do problema o mais cedo possível, e tratar assim que possível. O ideal é de uma a dois dias depois do problema ocorrer.
 
Zero Hora

Dicas de bebidas saudáveis para crianças

Quais são as bebidas indicadas para as crianças?
 
As propagandas estão aí e os pais, muitas vezes, acabam cedendo às vontades dos pequenos. Os refrigerantes são mais práticos, não tem o tempo de preparo, basta abrir a latinha. Mas e a saúde?
 
Segundo a endocrinologista Andressa Heimbecher, “as bebidas recomendadas são as com baixo teor de carboidratos”. Para identificar, é indispensável ler o rótulo do produto, o que vale não só para as bebidas, mas para todos os itens das compras.
 
Um refrigerante normal de 200 ml, por exemplo, tem 21 gramas de carboidratos e 85 kcal. Cada grama de carboidrato tem 4kcal, o que resulta em  84kcal, ou seja, quase tudo é carboidrato. O único problema é o excesso, que pode levar ao aumento de peso.
 
Desde que consumidos de maneira equilibrada, os alimentos ricos em carboidratos, como as massas e os pães, são importantes para o desenvolvimento das funções vitais.
 
Segundo Andressa, o valor dos carboidratos da bebida deve ser mais baixo e com mais fibras e vitaminas.
 
A melhor opção para as crianças e adultos é a água. “Até os 8 anos de idade, é recomendado que a criança beba cerca de 1 litro e meio de água ao dia.
 
O mais importante é ofertar água para a criança antes que ela esteja com sede e ficar atento à concentração da urina: urina muito amarela indica a necessidade de se beber mais água”, alerta.
 
Outra boa recomendação para as crianças é o leite. Ele é fonte de cálcio, que auxilia no fortalecimento dos ossos.
 
Muitos pais adotam o uso do suco de caixinha por achar que é uma fonte natural do alimento, mas, não é bem assim. “É preciso olhar o valor dos carboidratos na bebida e se ela tem conservantes e adoçantes. Existem sucos de caixinhas que têm o valor nutricional bem próximo aos dos refrigerantes normais e, portanto, devem ser evitados”, indica.
 
Prefira os sucos naturais, feitos na hora. Eles têm antioxidantes naturais e vitaminas, importantes para o desenvolvimento da criança, além das fibras, que auxiliam na regularização do intestino. “Dê preferência aos sucos naturais de maracujá, melão, melancia ou água de coco”, completa.
 
O hábito da boa alimentação começa desde cedo. Incentive.
 
Universo Jatobá

Aprenda a fazer um suco para manter a saúde do seu fígado

Se você anda de mal com seu fígado, cuidado!
 
O fígado é um órgão extremamente importante. É ele que transforma a comida em energia para o corpo, processa os medicamentos, fabrica e distribui algumas substâncias que são essenciais para o organismo e ainda age como um filtro para retirar as substâncias tóxicas do sangue.
 
Para manter a saúde do fígado, diminua a quantidade de alimentos gordurosos, como pão e as massas e aumente a quantidade de cálcio, que você encontra no leite e nos seus derivados.
 
Coma também a chia.
 
Outra dica importante é evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
 
Agora anote uma receita de suco!
Bata no liquidificador 1 folha de agrião, 1 folha de couve, suco de 1 limão e 1 copo de água.
 
Para ficar docinho, acrescente mel.
 
O ideal é tomar na hora, uma vez ao dia, logo pela manhã.
 
Se preferir, ouça aqui.

Universo Jatobá

Aprenda a gerenciar o seu tempo

Tem gente que vive correndo e jura que não tem tempo para nada!
 
Vamos parar e repensar, afinal todos nós precisamos de qualidade de vida e talvez seja apenas uma questão de organização. Hoje vou te dar dicas que podem ajudar a realizar todas as tarefas de forma bem feita , sem precisar se matar para cumprir todos os compromissos da agenda e ainda ter tempo de se dedicar ao lazer e à família.
 
E olha: vale para a vida pessoal e profissional, afinal elas andam juntas.  Se uma está em ordem, a outra também está!
 
Primeiro procure centralizar os seus afazeres, ou seja, faça uma listinha onde julgar mais fácil, no celular ou mesmo num bloquinho de papel. Aí você tem a noção de tudo sem precisar ficar pensando: “o que é que eu tinha que fazer mesmo?”.
 
Defina as prioridades. Sempre tem os assuntos mais importantes ou urgentes, não tem jeito.
 
Mantenha o foco nessas atividades primeiro, faça bem feito e livre-se delas. Lembre-se que se fizer uma coisa pensando nas outras mil que vêm depois, você pode ter que refazê-las. Não tem como achar que você consegue fazer duas ou três coisas juntas e aí pode acabar é perdendo tempo.
 
Não consegue parar de olhar o celular e a caixa de e-mail? Isto faz você perder tempo, sabia? É importante que você estabeleça intervalos para checar a caixa de entrada ou mesmo as redes sociais. Olhar de 5 em 5 minutos não vai te deixar fazer nada direito.
 
Não fique desesperado por causa da mesa bagunçada ou da pressão do chefe! Mantenha a calma e continue fazendo uma coisa de cada vez. Ficar nervoso vai fazer com que você atrase para apresentar o resultado. Tente buscar maneiras que possam te ajudar com isso como, por exemplo, exercícios de respiração. Inspirar e expirar fundo nos deixa mais tranquilos.
 
Procure dividir o seu tempo entre trabalho, família e lazer. Este é um limite que só nós podemos nos colocar. Por último, mantenha a sua saúde em dia, com uma alimentação equilibrada e exercícios físicos regulares. Eu garanto que você terá muito mais disposição para enfrentar a rotina pesada.
 
Vamos desacelerar!
Qualidade é mais importante do que rapidez e para conseguir cumprir as tarefas, basta adotar práticas de organização. É um exercício, mas tenho certeza que sua qualidade de vida vai dar um salto!
 
Universo Jatobá

Tratamentos com células-tronco: há muita esperança mas pouca prova de eficácia

The New York Times
Maggie Alejos, que sofre de enfisema crônico, e seu marido:
tratamento com células-tronco em Tijuana
No México e Estados Unidos proliferam clínicas que promovem tratamentos à base de células-tronco sem aprovação de órgãos reguladores
 
Em junho, Maggie Alejos viajou de St. Anne, Illinois, a Tijuana, no México, com o marido, a filha e um cheque de 13.500 dólares a pagar ao Instituto de Medicina Regenerativa.
 
Magérrima, com um tubo de oxigênio ancorado acima do lábio superior, Alejos, de 65 anos, uma enfermeira aposentada do exército, enfrentava um enfisema há mais de 10 anos. Quando chegou perto de conseguir um transplante de pulmão que os médicos haviam providenciado para a cirurgia, descobriu que o pulmão do doador não era adequado para ela.
 
Em um hospital de Tijuana, os médicos filiados ao instituto extraíram cerca de sete gramas de gordura de suas coxas, com a esperança de colher cerca de 130 milhões de células-tronco e implantá-las nos pulmões de Alejos, que estavam falhando.
 
Na internet – onde Alejos ficou sabendo do instituto Tijuana – as células-tronco adultas são promovidas como uma cura para todas as mazelas, desde flacidez da pele até lesões na medula cervical.            
           
Superficialmente, essa alegação é plausível. Os cientistas descobriram que a gordura, a medula óssea e outras partes do corpo contêm células estaminais, células em desenvolvimento que podem rejuvenescer, pelo menos no tecido em que são naturalmente encontradas.
 
Entretanto, ainda não há provas de que essas células podem se regenerar independentemente de onde forem colocadas, ou das condições em que isso possa ocorrer. Além disso, dúvidas quanto à segurança continuam sem resposta.
 
Esses fatos não parecem ter desacelerado o surgimento de uma indústria de abastecimento internacional para clientes que têm como pagar dezenas de milhares de dólares para ter uma chance de obter um milagre pessoal. (Alguns profissionais estrangeiros proporcionam variações criativas sobre o tema, como células de tubarões e ovelhas).            
           
Também nos Estados Unidos há fornecedores que podem ir além dos limites. Em julho, por exemplo, um ex-patologista da Universidade Médica da Carolina do Sul se declarou culpado por ter processado e transportado células-tronco de forma ilegal para tratamento sem a aprovação da universidade nem da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA).
 
O número de clínicas e de produtos chegou a tal ponto que os cientistas temem repercussões negativas para o trabalho que eles próprios realizam. O Dr. Hesham Sadek, do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas, em Dallas, que está estudando a regeneração do músculo cardíaco, teme que o marketing excessivo tenha dificultado que os pacientes distingam a ciência da fraude, assim como tudo que reside no espectro entre elas.
 
"Isso realmente tem o potencial de minar a legitimidade do campo como um todo", disse ele.
 
Experimento ou tratamento?
Apesar de Tijuana ter aproximadamente 20 clínicas que oferecem tratamento com células-tronco adultas, o Dr. Javier Lopez, fundador do Instituto de Medicina Regenerativa, diz que a dele se tornou "a empresa cartaz para derrubar. "
 
Nascido e educado em Tijuana, ele morou e trabalhou do outro lado da fronteira, em San Diego, por mais de 30 anos, principalmente como administrador de assistência médica. Ele se interessou pelas células-tronco depois de acompanhar um amigo médico em uma conferência em Palm Springs, na Califórnia, em 2008.
 
"Foi revelador", disse ele. "Pensei imediatamente: 'Este é o futuro da medicina, e eu quero fazer parte disso."
 
Ele diz que dirigir o instituto dentro dos padrões aceitos nos ensaios clínicos: pacientes assinam formulários de consentimento reconhecendo que o tratamento é experimental. Os estudos são registrados na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.            
           
Ser aceito para o tratamento não depende só de dinheiro. Os protocolos e procedimentos são aprovados pelo Conselho de Revisão Institucional (IRB) no Hospital Angeles Tijuana, e são administrados pelos médicos do hospital. "O foco do nosso estudo, desde o primeiro dia, tem sido a segurança", disse Lopez.
 
Ainda assim, os céticos norte-americanos não estão convencidos. Leigh Turner, bioeticista da Universidade de Minnesota, diz que o Instituto de Medicina Regenerativa torna pouco clara a diferença entre o ensaio e o tratamento.            
           
O formulário de consentimento dos pacientes "não passaria pela IRB americana competente", disse Turner, e os depoimentos no site do instituto enfatizam claramente os resultados.
 
Além disso, estudar pacientes que pagam por um atendimento prejudica a validade científica dos ensaios, disse Turner. A amostra do paciente se limita àqueles que têm condições de viajar, e seu investimento financeiro pode ampliar um efeito placebo já forte.
 
Lopez diz que os cientistas do México não dispõem de um apoio de pesquisa do governo semelhante ao existe nos Estados Unidos, deixando estabelecimentos como o seu sem opção a não ser cobrar dos pacientes.
 
Ele concorda que muitos fornecedores de células-tronco são duvidosos, e diz que trabalha juntamente com as autoridades mexicanas em uma tentativa de estabelecer padrões uniformes. "Estou muito orgulhoso do que estamos fazendo", disse a respeito seu próprio instituto, e acrescentou: "Fico chateado quando as pessoas começam a falar besteira sobre o que é feito ao sul da fronteira com os Estados Unidos."
 
Uma área cinzenta
Nos Estados Unidos, também é fácil realizar negócios que escapam à supervisão do governo, disse o Dr. George Q. Daley, que estuda o uso de células-tronco para tratar doenças do sangue na Escola de Medicina de Harvard. Quando se fecha uma operação clandestina, ele continuou, logo surgem outras aleatoriamente.
 
Mesmo formas questionáveis de publicidade não necessariamente prejudicam um negócio. A Regnocyte, uma empresa da Flórida, publicou em seu site uma matéria pouco lisonjeira da CNN intitulada "cobertura especial".
 
Se o negócio das células-tronco continuar a florescer sem um controle adequado, Daley e outros temem que o avanço das pesquisas seja prejudicado. Os ensaios clínicos dependem de pacientes que estão dispostos a passar por experiências, mesmo sabendo que podem receber um placebo, enquanto clínicas concorrentes oferecem o que pretensamente é o tratamento correto. Além disso, pacientes que já se submeteram a um tratamento com células-tronco podem ser inelegíveis para ensaios.
 
Além disso, se muitos pacientes experimentarem células-tronco sem sucesso, talvez o público passe a ver todo esse campo como um fracasso, disse Sadek, o cientista de Dallas especializado em células cardíacas. Muitos dos comentários a respeito do seu último estudo, publicado na revista Nature, "foram céticos e indiferentes", continuou ele. "Um deles dizia: 'Eu fiz o tratamento com células-tronco e não aconteceu nada.' Se o público perder a fé na medicina regenerativa em geral, isso pode abalar o financiamento".
 
A falta de dados
Além dos depoimentos on-line, há poucas evidências para indicar se os tratamentos disponíveis com células-tronco adultas estão funcionando. Paul Knoepfler, pesquisador de células-tronco na Universidade da Califórnia, em Davis, diz que a falta de dados é vexatória.
 
"Não há absolutamente nenhuma razão legítima para essas clínicas não estarem publicando os dados que obtêm", escreveu ele neste ano em seu blog sobre células-tronco. "No entanto, eles quase nunca fazem isso."
 
As empresas de células-tronco dizem que têm outras prioridades. "Eu não estou interessado em fazer uma série de pesquisas apenas para fins de publicação", disse Maynard A. Howe, chefe-executivo da Stemedica Cell Technologies em San Diego, que está desenvolvendo um medicamento feito a partir de células-tronco doadas. Howe e seu irmão Roger fundaram a empresa em 2005, depois de uma cunhada se submeter a um tratamento com células-tronco na Rússia por conta de uma lesão na medula cervical.
 
Howe diz que a sua empresa publica apenas os dados que bastam para atender às exigências do FDA, mas que prefere que seus cientistas dediquem seu tempo a fazer com que um produto chegue ao mercado.
 
Ele também defende a prática de estudos estrangeiros, em grande parte por razões econômicas. Fora dos Estados Unidos, disse ele, "Podemos fazer uma tomografia por 500 dólares", bem menos do que costuma ser cobrado nos Estados Unidos. "Por que não faríamos um ensaio clínico no exterior?"
 
Já Lopez diz que está tentando publicar os dados dos 125 pacientes que tratou até agora, mas conta que enfrenta dificuldades. "Ninguém quer falar conosco porque somos de Tijuana", disse ele a respeito de revistas médicas. Ele conseguiu apenas fazer com que uma descrição de caso fosse aceita para publicação.
 
Então, por enquanto, ele não tem muito a mostrar em termos de ciência. Ele acredita nas células-tronco - e acredita que ele e seus críticos têm pontos em comum. O desafio dos cientistas é promover a promessa das células-tronco tanto com entusiasmo quanto com moderação. A linha que divide as duas pode ser tênue.
 
"Eu entendo como é difícil - quantos anos e às vezes décadas é preciso antes de descobrir um novo tratamento", disse Daley, de Harvard. "Nós estamos muito entusiasmados com o potencial do tratamento com células-tronco".
 
"Dito isto, elas não são agentes mágicos que funcionam circulando pelo corpo e consertando as coisas. É frustrante assistir a outras pessoas que, mesmo bem intencionadas, não estão servindo ao bem de seus pacientes."
 
Nesta semana, a Sociedade Internacional de Pesquisa de Células-Tronco vai divulgar uma declaração descrevendo a utilização de célula-tronco fora de ambientes científicos como "uma ameaça ao bem-estar do paciente, à autonomia do paciente e ao processo científico", segundo o seu presidente de políticas públicas, Jonathan Kimmelman, bioeticista da Universidade McGill.
 
Trata-se do mesmo grupo que certa vez tentou providenciar um guia online de clínicas de células-tronco, mas o periódico Nature informou que o esforço foi abruptamente abandonado sob a ameaça de ações judiciais.
 
Alejos diz que aceita a incerteza de sua escolha. Ela veio para Tijuana porque nada mais funcionou.
 
Após o transplante de pulmão ser cancelado, ela recorreu ao Google e encontrou, por toda a Ásia e América Latina, médicos que trabalham com células-tronco e estavam dispostos a tratá-la. Perto de casa, o México pareceu uma opção confortável.
 
Ela estava bem ciente quanto à controvérsia de viajar para passar por tratamentos com células-tronco. Mesmo a maior parte de sua família não sabia onde ela estava indo.
 
Já de volta a sua casa em St. Anne alguns dias após o procedimento, ela sofreu um breve surto de pneumonia durante o verão, mas geralmente não se sente melhor ou pior do que antes do tratamento. Ela sabe que não vai ser curada. Seus sonhos são modestos, como não precisar sair com um balão de oxigênio para ir ao cinema.
 
"Eu fui enfermeira do Exército por 30 anos", disse Alejos. "Sei que não existem milagres no mundo da medicina."
 
The New York Times/iG

Rugas, barriga de chope, pelos. O que eles procuram nas clínicas de estética?

Brunno Kono/iG São Paulo
Quem faz a barba todo dia e sofre com foliculite costuma procurar
 tratamento, afirma Marisa Peraro
Parece existir um consenso entre especialistas de estética masculina que os homens são cada vez mais presença frequente nas clínicas. Mas o que eles procuram? Reduzir rugas, a barriga e os pelos nas costas são algumas das reclamações mais frequentes

“O homem não conta, é quase que uma vergonha para ele, mas cada vez mais isso tem mudado. Muitos pacientes homens vêm por indicação do amigo, é a principal causa do aumento da demanda masculina”, afirma Daniel Coimbra. Dermatologista da Clínica Les Peaux, no Rio de Janeiro, ele afirma que eles já correspondem por cerca de 20% da clientela de seu consultório. “Cinco anos atrás era de 5%”, diz Coimbra.

Especialistas consultados pelo iG em outras quatro clínicas fazem têm uma avaliação parecida com a de Coimbra. Embora o homem não seja maioria em templos de estética, sua presença é cada vez maior. “Muitos lugares oferecem cuidados voltados para um público unissex, como é também o caso do nosso SPA, onde muitos homens procuram por massagens convencionais”, diz Laura Barros, diretora de marca do grupo L’Occitane no Brasil.
 
“Hoje existe uma grande procura. Há dois, três anos não era nessa proporção”, conta Marisa Peraro, sócia e diretora da Pró-Corpo Estética. Ela explica que os homens respondem por 15% do seu atendimento, ou cerca de 1.800 clientes por mês nas sete clínicas que coordena em seis cidades. Na Stesis, em São Paulo, o fisioterapeuta Dino Volpa afirma que já chegou atender cinco homens de oito pacientes em um dia: “O movimento hoje é muito maior”. O movimento até pode ser “muito maior”, mas o que exatamente eles procuram?
 
Barba e pelos           
De acordo com Marisa, a maioria dos homens que vão às unidades da Pró-Corpo estão atrás de depilação definitiva, mesmo com tantos “estudos” que apontam uma preferência feminina por pelos.
 
“Recebemos muitos casos por conta da foliculite (inflamação do folículo capilar), comum em quem faz a barba todos os dias. A definitiva acaba com isso, e nós damos três anos de garantia, o cliente pode voltar sem custo durante esse período”, explica.
 
“Nosso carro-chefe é a fotodepilação, principalmente na região do peito, abdômen, costas e ombros.
 
O homem está bastante preocupado. Também procuram na barba, mas em menor escala”, diz Robson Granjeiro, empresário e sócio de uma das unidades da Não+Pêlo em Campinas. “Hoje [o tratamento para homens] já está se tornando comum, você percebe grupos no trabalho, na faculdade ou no futebol, existe aquela brincadeira de que você está muito peludo, fala para procurar um lugar para tirar”, completa.
 
Adeus barriga de chope           
Ela assusta boa parte da ala masculina que passa dos 30 anos, mas Dino Dolpa diz ter o tratamento adequado para combatê-la. Segundo o fisioterapeuta de 52 anos, o procedimento, chamado de “Drenagem Lipossônica Ativa” (ou DLA), consiste em aplicar um gel à base de ácido hialurônico na região do abdômen, seguido de uma massagem com ultrassom. Ele afirma que o processo elimina líquidos e toxinas, gerando uma perda de pelo menos 8 centímetros. “Se não perder, não precisa pagar”, garante Volpa.

Apesar da clínica garantir essa redução em 8 cm, ela não garante que sua barriga continue assim.

“Você não pode comer carboidratos por 48 horas após o procedimento. Com uma reeducação alimentar e atividades físicas, pode ser uma caminhada leve, três vezes por semana, você mantém a perda. Se voltar a comer nos padrões que comia e não andar, ela volta”, explica o fisioterapeuta, que ainda dá um detalhe importante: 50% dos que procuram o serviço são homens.

Combate às rugas, mas não todas        
“O homem procura coisas que não deixa marcas, botox é o número 1”, revela Daniel Coimbra. Entre os clientes do dermatologista, os pedidos mais frequentes são aplicações na testa, região dos olhos e no pescoço. Ele só alerta que nem todas as rugas são ruins: “Algumas são boas. Não pode tirar todas as rugas dos olhos do homem, isso deixa o rosto mais feminino”.
 
Outro procedimento muito requisitado na clínica carioca é o preenchimento, usado para “repor o volume que o rosto perdeu”. “Com a idade, o rosto murcha, perde gordura. O que a gente faz é repor essa gordura com preenchimento de ácido hialurônico”, esclarece Daniel. Uma sessão de botox no rosto custa até R$ 2 mil, enquanto a de preenchimento depende do número de ampolas utilizadas.
 
Coimbra informa que os cuidados com a pele do homem são diferentes dos da mulher, e dá dicas de como mantê-la saudável. “É difícil convencer o homem, mas tem que começar a usar protetor solar o mais cedo possível. É bom usar um sabonete adequado para lavar o rosto e um creme à noite em gel creme, gel ou sérum, um desses três."
 
Beleza e negócios            
Se o movimento no mercado de estética masculina é tão bom assim, nada mais natural que empreender neste segmento. Foi o que fez Robson, da Não+Pêlo de Campinas e ex-administrador na área de gestão financeira. “Tenho a franquia há três anos, não só por ser tendência no Brasil, mas no mercado mundial de forma geral. O percentual de crescimento vem se alavancando nos últimos cinco anos.”

Acostumado com ambiente de escritório e terno e gravata, o advogado Marcelo Campos, de 42 anos, é outro que empreende no ramo: “Minha esposa começou a trabalhar nessa área, aí surgiu a oportunidade de representar a Star Nail Brasil nos EUA. Hoje sou diretor comercial”.

“Foi um desafio, mas trabalhar com beleza é menos tenso, mais light e animado. Costumo dizer para os funcionários que a gente se diverte. Foi bom sair do escritório, do ar condicionado, para viver em outro mundo. No Brasil, o mercado de unhas está crescendo muito. Não foi uma escolha errada, não”, completa Marcelo.
 
Deles